Coaching ou Psicoterapia: do que seu cliente precisa?

Será que todos que te procuram tem clareza do que precisam?

Você acredita que pode atender e apoiar todos aqueles que chegam até você?

Você tende a “encaixar” as demandas que recebe na sua prática profissional?

Intrigada e curiosa com estas questões decidi pesquisar e analisar o que acontece quando nos deparamos com estes dilemas.

Te convido a ler este artigo e refletir seriamente sobre as questões apresentadas e sobre como você se coloca frente a elas: Coaching ou Psicoterapia?

Seja honesto com você mesmo!

Como fazer uma indicação adequada?

Como tomar uma decisão que possa apoiar o autoconhecimento da melhor forma?

Quem está em foco, seu cliente ou você?

Sei que estas são questões que podem incomodar muitos de nós, profissionais de desenvolvimento humano. Alguns porque acreditam já possuir total domínio ético sobre seu trabalho, e outros por acharem tais questionamentos irrelevantes. Entretanto, posso garantir que minhas idas e vindas conversando com colegas e clientes, revelaram que tanto coach, quanto coachee podem se beneficiar deste processo reflexivo, pois ambos são Humanos.

O que quero dizer é que tanto um quanto o outro podem se confundir ao fazer suas ponderações, afinal tendemos a analisar os fatos e fazer nossas escolhas a partir de nossas experiências e crenças.

Enquanto profissionais precisamos dar o máximo de informações para nossos clientes e não podemos nos deixar levar pelo simples desejo de ajudar ou de querer fazer o trabalho.

Anos atrás, um texto muito interessante me foi apresentado, chama-se “A Gula Terapeutica” ( leia aqui no blog), onde Frank Furedi, professor de sociologia na Universidade de Kent, no Reino Unido, discutia os modismos e a possível banalização das ciências do desenvolvimento humano em função da avidez pela excelência do ser e exigências sociomercadologicas.

Passada mais de uma década, me parece que o cenário não está muito diferente, afinal a cada dia encontro mais e mais pessoas querendo aprender a lidar melhor com seus altos níveis de exigência – ser um excelente profissional, mãe, pai, filho, amante, professor, etc..

Isso pode nos levar a uma certa “Gula de Coaching”? Será que todos que nos procuram demandam coaching?

No final dos anos 1990, Furedi falava na Cultura da Terapia, como algo que estava sendo cada vez mais estimulado pelos meios de comunicação de massa e que rotulava as necessidades cotidianas dos indivíduos que precisavam lidar com um novo jeito de ser e fazer as coisas (estressado, ansioso, fóbico, traumatizado, etc.). Isso fazia com que a psicoterapia fosse percebida como uma espécie de “tábua de salvação”.

Hoje, será que já podemos falar de uma Cultura de Coaching? No Brasil creio que ainda não, pois sua maior difusão ainda está no ambiente corporativo. Contudo, quando viermos a ter uma Cultura de Coaching, pois acredito nisso e em seus benefícios, poderemos aborda-la de uma forma muito positiva. O estimulo ao coaching vem crescendo e para que possamos fazer um trabalho impecável sem nos deixar corromper pelo ‘pecado da gula’, basta agirmos de forma madura e ética. O coaching não é a “moderna tábua de salvação”, é sim, mais uma das formas que existem para garantir o desenvolvimento continuo, porém com foco em resultados específicos. Trata-se de um processo que possibilita às pessoas se tornarem cada vez melhores e mais felizes.

O fato é que existem tantas abordagens e modalidades que se propõem a favorecer o desenvolvimento humano que, não é raro me perguntarem: qual é o processo de desenvolvimento/ autoconhecimento que melhor se aplica à mim? Ou, ao meu cliente? Devo fazer psicoterapia ou coaching? Qual é a diferença entre eles?

Acredito que exista uma diferença importante e que distancia em muito ambos processos, afinal o coaching se propõem ao apoio com foco no gerenciamento do centro de forças de cada individuo. Ele não se propõem a encontrar o que está faltando, mas sim a potencializar o que já existe dentro de cada um, como uma pedra preciosa que sai de seu estado bruto e ganha ainda mais valor ao ser lapidada.

Como psicóloga e coach me sinto à vontade para dizer que ambas as práticas se destinam ao crescimento e valorização do Ser, portanto não existe uma melhor ou pior que a outra (da mesma forma quando comparamos coaching a outros processos como couseling, mentoring, treinamento, consultoria ou outros). Existe sim uma que se adequada melhor ao momento e situação requerida pelo cliente. Desta forma, torna-se fundamental compreender o que faz com que as pessoas busquem o apoio de um profissional especializado e agir com ética para fazer a indicação mais apropriada.

Em geral, a principal razão que leva uma pessoa para a psicoterapia é a necessidade de livrar-se de um desconforto ou sofrimento. O que leva ao coaching é o desejo e a necessidade de avançar rumo a um alvo, a caminho das metas desejadas.

Os psicólogos são procurados por pessoas que estão passando por tormentos psíquicos, mas também podem ser abordados com o objetivo de produzir maior autoconhecimento olhando para suas vidas de maneira mais densa. Os coaches são procurados por pessoas que desejam romper limites, mudar sua direção na vida, atingir e manter alto nível de produtividade humana (performance + prazer).

Apesar de compartilharem aspectos comuns, os processos psicoterapêuticos e de coaching são bem diferentes. A psicoterapia trabalha com foco no passado e privilegia as causas de suas questões, enquanto o coaching mantém atenção no futuro e na transformação da ação, levando ao alcance dos resultados desejados.

O coaching concentra-se na definição clara de objetivos, na criação de resultados e na gestão de mudanças pessoais. Ele apoia o crescimento pessoal e profissional baseado na aquisição de novos hábitos de comportamento.

Em certa ocasião, num seminário, depois de eu ter explicado as diferenças acima mencionadas, alguém me trouxe a seguinte questão: ainda estou confuso, pois se o cliente diz querer compreender seu passado e também querer construir um plano para o futuro, o que devo fazer?

Fiquei pensando em como responder a isso e, intuitivamente disse: “peça ao seu cliente para que ele fale sobre seus objetivos com o trabalho, ajude-o a clarificar esses objetivos, deixe que ele confie em você para que possa dizer qualquer coisa que queira, peça que ele te dê o máximo de inputs possíveis sobre o que o deixará feliz e satisfeito quando o trabalho tiver terminado, estimule-o a falar muito sobre seus desejos, ansiedades e eventuais conflitos internos. Feito isso, veja se sua pratica atenderá completamente as expectativas do seu cliente e lhe dê sua melhor resposta.” Ao terminar, perguntei a meu ouvinte, será que fui suficientemente clara? e ele responde: sim, pois você acabou de colocar os princípios do coaching a favor do cliente, estou muito satisfeito.

Foi com esta experiência que pude concluir algo simples e ao mesmo tempo profundo, profissionais sérios, maduros e responsáveis são capazes de orientar bem àqueles que o procuram, pois através de impecável escuta ativa, do conhecimento sobre a essência das diferentes práticas de desenvolvimento humano/ autoconhecimento e de um comportamento plenamente generoso, pensará, prioritariamente, no bem-estar do individuo a sua frente.

Dizendo assim pode parecer simples demais, por isso a importância de conhecer as praticas existentes e clarificar a necessidade do cliente. Cada um desses processos exigem qualificações específicas e, sem elas, nem mesmo se pode começar a ouvir alguém que procura ajuda.

Os processos psicoterapêuticos só podem ser conduzidos por psicólogos formados e aptos a isso. Diverso a isso, coaching só pode ser conduzido por um profissional que tenha formação específica e reconhecida na matéria (coaching) e, preferencialmente, com experiência pratica comprovada durante o curso. Mas um coach pode ser oriundo de diferentes formações acadêmica (administração, economia, medicina, filosofia, engenharia, contabilidade, etc., etc.).

O coach é um profissional interessado em pessoas, com habilidades especificas que, através de metodologia aplicada é capaz de ajudar seus clientes a alcançarem seus objetivos – seu pódio particular.

Acredito que todas as pessoas deveriam olhar profundamente para si e suas necessidades. Existem diferentes caminhos para a constante evolução, o importante é escolher aquele que traga benefícios mais amplos e, como profissionais temos o dever de ajudar nessa escolha oferecendo o máximo de informações.

Seja qual for o método ou abordagem escolhida, para dar o primeiro passo é necessário ter disposição e vontade para investir em si mesmo.

Quando alguém apresenta uma queixa com desejo de “cura”(quadros de ansiedade, fobia, depressão, resolução de problemas emocionais, envolvimento com drogas, etc.) a indicação clara será a psicoterapia, mas quando a questão é o autoconhecimento a analise precisa ser mais criteriosa.

Precisamos educar a população para o coaching. Muita gente ainda não conhece esse trabalho. Por isso, existe muita confusão a cerca do que é o coaching e a que ele se propõem. Além disso, em função de tantas dúvidas as pessoas ficam indecisas sobre iniciar Coaching ou Psicoterapia.

Outro ponto importante é que essas praticas não são excludentes, ao contrário, é comum encontrarmos trabalhos complementares acontecendo, ou seja, coaching e psicoterapia concomitantes com focos diferentes. Por exemplo, se o cliente revelar um estado emocional comprometido ou desequilibrado, a associação das abordagens é indicada. IMPORTANTE: elas não devem, jamais, ser realizadas pelo mesmo profissional, inclusive por razões éticas.

Devemos deixar evidente àqueles que nos procuram que para o processo de coaching deve-se qualificar um objetivo, uma meta para que ele seja iniciado. Por outro lado, a psicoterapia debruça seu olhar no funcionamento, história, relações existentes e o ambiente que cerca a pessoa para trabalhar sua complexidade.

Uma outra diferença diz respeito a questão do tempo investido. No coaching, em geral, investe-se de seis a oito meses de trabalho com periodicidade quinzenal. Já a psicoterapia trabalha com a indeterminação do tempo, pois não há uma meta preestabelecida a ser alcançada.

Vale lembrar que ambos processos requisitam a participação ativa do cliente, entretanto, os processos psicoterapêuticos são mais condescendentes com o nível de entrega dos clientes, pois as questões latentes são consideradas. No coaching, por sua vez, o nível de comprometimento precisa ser de 100%, pois a eficiência do trabalho está diretamente relacionada a conquista de resultados como consequência da ampliação da consciência e treino de novos padrões de comportamento.

Para determinar se seu cliente poderá tirar proveito do coaching, lembre sempre, peça que ele elenque o que espera alcançar caso passe pelo processo. Quando a pessoa sabe o que quer e precisa o trabalho produz resultados muito uteis. Uma vez o coaching estabelece uma relação de parceria, pergunte se seu cliente considera valioso conversar com outros profissionais e conhecer outros pontos de vista sobre a questão apresentada. Questione se ele está disposto a dedicar tempo e energia para fazer mudanças concretas em sua vida e, se a resposta for sim, o coaching pode ser uma maneira muito benéfica para o aprimoramento.

Carlla D’ Zanna (http://www.transformacaoconsultoria.com.br/perfil-da-coach.html)

“7 erros a serem evitados pelo novo coach”

No Brasil, a atividade de coaching ainda não é oficialmente reconhecida como profissão, mas com experiência de mais de 15 anos como coach profissional, eu gostaria de, humildemente, recomendar que, aqueles que se propuserem a exercer essa atividade a considerem com a seriedade e responsabilidade de outras tantas profissões. Isso significa preparo específico, desenvolvimento das competências exigidas, atualizações frequentes, foco, vontade de fazer um trabalho muito bom, dedicação e, acima de tudo, acreditar, genuinamente, no potencial dos outros.

Não dar atenção a esses aspectos, infelizmente, tem feito com que muitos se aventurem no mercado usando inadvertidamente o termo coaching ou se apresentem como COACHES, sem ao menos terem formação específica e consistente, achando que é uma atividade simples que pode ser exercida por qualquer um. Sem sombra de dúvida, esse é o maior erro que qualquer pessoa pode cometer ao pensar em ser um coach.

Para refletir: Será que por ser uma mãe zelosa e capaz de cuidar da saúde do meu filho eu posso me apresentar como médica pediatra?

Meu objetivo ao escrever esse texto é alertar sobre erros comuns e também oferecer minha contribuição afim de apoiar novos colegas em suas respectivas jornadas como coaches.

Eu não sou contra cometer erros, afinal eles são parte integrante do desenvolvimento, mas podemos errar erros diferentes quando nos abrimos para aprender com os erros cometidos por outros, certo? Por isso, abaixo você encontrará os sete erros mais comuns que um coach iniciante pode cometer, seguidos de comentários e recomendações.

Os 7 erros mais comuns cometidos, principalmente por novos coaches:

1 – Acreditar que ao terminar sua formação já está pronto para vender seu serviço de coaching.  Cuidado!  Coaching não é teoria, é pratica, muita pratica!

Fazer uma formação consistente e, preferencialmente reconhecida por alguma instituição, como por exemplo o Internacional Coaching Federation – ICF, não o tornará um coach, mas te oferecerá conhecimento para que você inicie sua pratica de forma estruturada e profunda. Antes de sair vendendo seu serviço de coaching pratique (recomendo pelo menos umas 50h) oferecendo atendimentos probono (sem pagamento).

Responda para você mesmo… gostaria de pagar por um produto ou serviço que ainda não está completamente pronto?

O que você pode oferecer de mais poderoso para conquistar o mercado e ter bons clien- tes é a sua credibilidade, portanto não se arrisque.

Seja ético e transparente com quem você convidar para ser um cliente alfa (cliente que aceitará te ajudar no inicio da sua carreira como coach), informe que você ainda está praticando e agradeça pela oportunidade que aquela pessoa está te oferecendo (e você a ela).

Além disso, tenha um supervisor e/ ou um mentor!

2 – Ter “Gula de Coaching”

Fique atento para não querer atender clientes com demandas que se aplicam melhor a outras modalidades de desenvolvimento (psicoterapia, consultoria, aconselhamento, aula, etc.). Na ânsia de ganhar experiência e começar a atender, alguns coaches se deixam levar pelo que um dia aprendi com o nome de “gula terapêutica” (aqui chamei de “gula de coaching”) e achar que todo e qualquer tipo de necessidade é questão de coaching. Isso não é verdade!! Às vezes o que a pessoa precisa é outra coisa e como essa é uma pratica muito nova no Brasil, temos o dever de dizer ao cliente prospect o que é e o que não é coaching, deixando claro a diferença em relação a outras modalidades de desenvolvimento que existem.

Exerça com efetividade e sabedoria seu papel de coach na essência.

3 – Querer se responsabilizar pelo sucesso do processo
Querer ser ótimo profissional não o torna responsável pelo sucesso dos processos que conduz, lembre-se que um dos princípios do coaching é justamente acreditar no potencial do outro e estimula-lo a ser o protagonista da sua própria jornada. Por isso, é muito importante desde o inicio fazer uma boa contratação, deixando claro os papéis de cada um, responsabilidades, forma de funcionamento do processo e sessões e os limites do coaching. Lembre-se, sempre que for necessário você pode e deve rever o contrato de coaching, deixando claro para seu cliente que a responsabilidade pelo sucesso depende muito mais dele do que de você.

4 – “Caminhar” sozinho

A atividade de coaching é individual, mas não se isole, não acredite que já tem todas as respostas, não pense que já aprendeu tudo. Manter-se conectado a uma comunidade global de coaches profissionais que compartilham do compromisso com a qualidade e rigor de uma educação continuada, certamente irá proporcionar muita troca quanto a métodos, estudos inovadores e pesquisas no campo do coaching. Você precisará disso para oferecer o melhor a seus clientes.

Admitir que não está pronto é um gesto de sabedoria,  isso signfica muito para a carreira de um profissional sério. Investir na troca com colegas mais experientes ou até mesmo participar de um programa de supervisão ou mentoria em coaching mostra seu interesse em ser o melhor profissional que puder ser.

Acredite, com um supervisor ou mentor coach que tenha experiência você irá com- partilhar uma história de sucesso (sua e dele). Talvez essa seja a principal característica de um coach de sucesso!

5 – Fazer de tudo

A maioria dos coaches acham que basta se formar e estão prontos para sair atendendo tudo e todos, independente de terem um foco ou nicho definidos. Os iniciantes tendem a se anunciarem como uma espécie de “faz tudo” em coaching, o que é péssimo para imagem do profissional. Coaches sérios determinam seus nichos e se tornam especialistas. Acredite, seus clientes não cairão do céu, mas também não os terá apenas porque fez um site bonito ou montou sua fanpage, o que realmente faz a diferença é sua capacidade de criar credibilidade e interagir de maneira estratégica com seus potenciais clientes.

Estude, pesquise, escreva e mostre o quanto você se dedica a um nicho específico do mercado.

6 – Acreditar que coaching é o uso sistemático de ferramentas
Os novos coaches tendem a se apoiar fortemente no uso das ferramentas de coaching, principalmente se saem de uma formação onde elas são “vendidas” como “tabuas de salvação” para o processo (a tal garantia de segurança). Não se fie nisso e cuidado para você não se tornar um profissional qualquer. Por outro lado, reconheço que as ferramentas estruturadas e, algumas vezes escolhidas antecipadamente, são uteis, mas apenas quando utilizadas com brevidade e sabedoria pelo coach, ao mesmo tempo reafirmo que não serão elas as responsáveis por garantir o sucesso e a qualidade do trabalho realizado.

Afinal, você quer ser um coach ou um aplicador de ferramentas?

Para conduzir o coaching de forma personalizada e profunda, como se presume que aconteça, não utilize ferramentas como se tivesse que seguir um roteiro previamente definido, (lembre que a agenda deve sempre ser do cliente). Um coach deve aprender a usar sua intuição, sua capacidade de manter presença e escuta ativa, para extrair o melhor de seus clientes através de perguntas poderosas.

7 – Não cuidar do próprio desenvolvimento
Você já foi coachee num processo completo? Se sua resposta for não, fique atento, será que você nunca teve que lidar com alguma questão na sua vida onde o coaching poderia apoia-lo?
O que estou querendo com essa pro-vocação é faze-lo pensar sobre a importância de passar pela experiência de ser um coachee e de seguir buscando seu caminho de desenvolvimento continuamente, seja para o seu papel de coach ou para qualquer um dos papéis que exerce na sua vida social (pai, mãe, filho, amigo, voluntário, lider comunitário, etc.)

Seja um coach responsável e feliz, isso te levará ao sucesso!!!

PARA QUE SERVE O COACHING, COMO ESCOLHER UM PROFISSIONAL CAPACITADO?

por Carlla Zanna – Coach Profissional e Diretora de Desenvolvimento da ICF-SP

Coaching é um processo que facilita o desempenho. É a arte de apoiar o desenvolvimento das pessoas ajudando-as a reconhecer e usar o máximo de seu potencial e, dessa forma, alcançar o que desejam na vida.

Trata-se de uma metodologia que vem ganhando cada vez mais espaço, seja no desempenho dos papéis profissionais ou pessoais.

Através do Coaching é possível alavancar carreira, transformar comportamentos e crenças limitantes, buscar alternativas para resolver questões, adquirir novos hábitos, resolver dilemas. Enfim é uma jornada de aprendizagem que leva o coachee (aquele que recebe coaching) alcançar seu “pódio pessoal” (ou seja, espaço de conquistas e felicidade).

Coaching não é terapia, não é aconselhamento, não é consultoria e nem mentoria.

Em geral, as maiores motivações de quem procura o Coaching são: resolver impasses sobre carreira, inseguranças sobre a forma de desempenhar o papel profissional, desenvolver competências específicas (comunicação, relacionamento interpessoal, tomada de decisão, resolução de conflitos, etc.), preparar-se para um novo desafio na carreira ou vida, aprender a fazer escolhas.

Passar pelo Coaching sempre deve ser uma escolha pessoal. Mesmo quando a empresa sugere que um de seus colaboradores faça Coaching, será fundamental para o sucesso do trabalho que o coachee esteja disposto e convencido de que o processo lhe trará ganhos. É impossível trabalhar com alguém que esteja ali por “obrigação”, pois o Coaching exige alto nível de comprometimento e autonomia do coachee. Ele aprenderá cada vez mais sobre si mesmo e sobre suas possibilidades para alcançar aquilo que deseja.

COMO ESCOLHER O COACH

Coaching é uma atividade que mexe profundamente com o indivíduo, por isso torna-se imprescindível conhecer qual é a formação do profissional que está oferendo seus serviços, seu nível de experiência e expertise e suas credenciais.

Para ser um bom coach é necessário pratica, muita prática!!!

Ao contratar um coach profissional busque referencias e dê preferencia aos profissionais credenciados.

Consulte o International Coaching Federation – ICF,  maior federação de coaches profissionais do mundo, e verifique se o profissional que você pretende contratar é um membro. www.icf-sp.org

Para mais informações entre em contato conosco – tel. (11) 2609-4947 ou (11) 99179-2696, ou pelo e-mail carlazanna@transformacaoconsultoria.com.br

Coach Profissional

Diretora de Desenvolvimento da ICF-SP

Quando a Arte favorece o Coaching (case)

Essa é a história de Kiki Orona* uma mulher profundamente simples que acreditava pouco quem si e no seu potencial e que, através do coaching e da sua arte, descobre que ela é muito maior do que poderia imaginar ou sentir, ela descobre que é a soma das várias facetas de mulheres extraordinariamente incríveis, existentes no imaginário humano (e no seu próprio).

Há pouco mais de seis meses recebi em meu escritório uma cliente com a seguinte questão: “quero produzir mais, ganhar mais dinheiro e seguir sendo uma pessoa simples e tranquila, não quero perder minha essência e meu prazer”.

Começamos a trabalhar e logo de cara ela me conta uma história que viveu que revela seu máximo potencial e sua descrença em si mesma. Ela dava poder demais aos outros e abafava o seu melhor. Foi no terceiro encontro que juntas descobrimos um caminho incrível para trilhar, tratava-se da “Série Mulheres”.

Quando perguntei a minha cliente o que ela tinha de melhor para colocar a disposição do coaching ela rapidamente disse que era a sua arte e que durante o processo pintaria sua primeira série de quadros que seria intitulado “As Mulheres”.

Embarquei com ela nesta jornada e trilhamos caminhos inesperados. Foi uma viagem incrível pelo mundo das descobertas pessoais, das possibilidades e conquistas. E assim como numa banda de jazz, Kiki Orona. me mostrou o que iria tocar antes mesmo das primeiras notas e a relação de confiança se estabeleceu de maneira forte e produtiva. Isso me permitiu desafiá-la quando necessário para distender seu potencial.

E chegou a primeira mulher, seu nome é Amélia. Ela é descrita como “…uma mulher de verdade, não é submissa e tem dois olhos grandes para sempre olhar no fundo dos seus olhos. Boca grande, fala tudo o que deseja, mas quando se cala o silêncio é enorme. Nua como vim ao mundo, forte e pura como o amor.” Logo após ver a imagem de Amélia e ler o seu descritivo pensei: “como é interessante essa mulher, mas quantas coisas ela carrega consigo que eu desconheço…” e com esse grande presente pude começar minha investigação genuinamente curiosa, como uma criança que deseja conhecer mais e mais o novo que lhe é apresentado.

A segunda mulher chama-se Jurema, ela é a “guerreira de sabedoria das matas, vive livre e confiante. Quando veio para este mundo JUREMA jurou em ser feliz para os seus antepassados. Têm um seriume ( seriedade ) no rosto e uma desconfiança nata, e é mais forte que um pé de bacuri ( espécie de palmeira da região do pantanal )”.

A terceira mulher apareceu azul, de nome Celeste. “Muito segura de si é bem espiritualizada e conversa com os anjos. Quando Celeste nasceu sua mãe pensou em colocar o nome de Serena, pois sua mãe logo percebeu que sua filha veio ao mundo super serena. Celeste é azul porque veio do mundo celestial, ela é de uma alma celestial que levita sobre nossas cabeças, tem visão de águia. É segura de si porque acredita na pessoa que é, o céu está a seus pés. Vim de um mundo azul e tudo pode ficar azul nesta imensidão.

E foi aqui que realmente as coisas começaram a ficar “azul”. Esse foi o memento da virada de chave, onde Kiki Orona passou a confiar em si mesma de forma diferente e passou a conquistar o espaço desejado na vida.

A quarta mulher é a Severina. Ela extrapola seus limites!!! Descrita como “uma mulher simples com muitas palavras e um grande coração. De uma alma pura Severina sempre se virando no mundo, para ela não tem tempo ruim. Severina se vira tão bem que foi até para a China ver as muralhas”.

As barreiras existem e é necessário enxerga-las se quisermos transpô-las.

A quinta mulher é Geni. “Esta Geni é bem diferente daquela música do Chico Buarque, ela é bem integra das suas atitudes, tá sempre sorrindo e feliz, não me lembro de ver ela muito triste.
Mas sempre admirei como ela é singela. O poema desta minha Geni é:

Joga pétalas na Geni!


Ela é feita para amar, 
ela é boa de curtir!

Felizarda GENI!


Ela ama qualquer um!
Bendita GENI!”.

Com o passar do tempo minha curiosidade não diminuía, ao contrário e isso possibilitou a Kiki Orona. fazer as descobertas mais incríveis sobre si mesma, pois ao contar sobre suas mulheres falava de si e fazia conexões poderosas para sua aprendizagem e transformação. Sua dinâmica de vida, aos poucos foi mudando, assim como o retrato de suas mulheres.

A sexta mulher chegou muito diferente, inclusive em sua descrição.

TEREZA DA PRAIA – Tereza começou a surgir neste mundo como a DEUSA VÊNUS, veio lindamente pelas correntes marítimas do mar mediterrâneo, Grécia antiga e parou no nosso nordeste. Assim chegou Tereza da praia sua alma foi feita com as espumas das ondas e o seu corpo foi esculpido com as areias da Bahia. Tereza da praia é uma mulher sedutora, amável, linda em todos os sentidos, fiel nas suas escolhas mais as vezes balança na integridade consigo mesma. No meu olhar ela é tão generosa, inteligente, ,cúmplice do nosso amor e de uma beleza estonteante que eu até esqueço que ela é minha musa inspiradora não só para as telas mas para várias coisas. Tereza chegou na minha vida desta forma arrebatou meu coração e me hipnotizou de amor, cuidados, admiração, companheirismo, orgulho, e tantos outros sentimentos que vai ficar pequeno para esta folha de papel”.

A sétima mulher veio Josefa. “Linda e rara como uma pérola negra e forte como uma árvore de aroeira. Josefa filha de africanos que vieram parar em Salvador, ela brincava na Lagoa do Abaeté. Josefa feliz de sorriso frouxo e brilho nos olhos, olhos negros como a noite mais no fundo destes olhos existe uma galáxia de estrelas brilhantes. A vida de Josefa foi cheia de aprendizados da alma e o crescimento do espírito e a alegria de SER e NÃO de estar. Porque o que vale para ela é SER.”

Estamos chegando ao final da nossas jornada e Josefa vem para nos mostrar que trilhamos bons caminhos.

A oitava e ultima mulher da série é a Maria de A a Z. Ela representa a soma e o resgate do melhor de todas as mulheres anteriores, só que agora ela se coloca no lugar de vida que sempre desejou. É possível se identificar com ela porque Maria representa a integridade, a sensibilidade, a maior conquista de todas, a conquista de si mesma.

Q.O. descreve Maria como sendo a “mãe  de todos acolhedora  de  uma  paz  íntegra. Eu  sou Maria  da Graça, meu  nome  é  perfeito para mim,  vejo graça  em  tudo,  a graça  não  está  só  em   um sorriso   mais sim na transformações  das  situações  da vida. Quando  digo que  é  Maria  de A a Z digo porque  é  um  nome  que têm  todo  o abecedário  e este  é  um dos  motivo  para eu me sentir completa e plena. MARIA , MARIA é  um dom  é  uma  força  que  nos  alerta.”.

Ela chegou no seu pódio pessoal, ela subiu e comemorou sua jornada com orgulho e humildade, com sabedoria, suavidade e força.

E assim o coaching aconteceu, éramos Kiki Orona., eu e as oito mulheres que nos conduziram por trilhas de descobertas, ansiedades, alegrias, medos e florescimento.

Eu aprendi muito sobre mim mesma durante essa jornada. Coaching é troca, coaching é uma relação entre iguais, onde ambos ganham. Percebi que “As Mulheres” não estavam ali para serem analisadas ou julgadas, elas estavam ali apenas para serem contempladas e sentidas.

Sendo assim, afirmo que essa experiência deixa claro que o fio condutor do processo de transformação humana é o respeito ao outro, o respeito ao desejo do outro. O outro que você considera porque sem ele não é possível fazer nada, ele é o único e maior dono de si mesmo e do seu caminhar.

Hoje afirmo que “o estado da arte é ser capaz de entender a coisa como ela é e deixar fluir acreditando (tendo fé) nas máximas possibilidades das pessoas e digo, o amor pode assim ser traduzido.

Obras em ordem cronológica:

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* Kiki Orona é o nome da grande figurinista e artista plástica que me deu a honra de ser minha coachee. A publicação do seu nome artístico foi um pedido que ela mesma me fez.

Por Carlla D’ Zanna                                                                                                                                                                           Outubro/2014

Diferenças entre Caoching, Mentoring, Counseling, Consultoria e Psicoterapia

Publicado Originalmente em  01 ago 2013

Muita confusão ainda tem sido feita!!

Leigos ou profissionais da área, ainda colocam, várias dessas modalidades de assessoria ao desenvolvimento pessoal ou corporativo, no mesmo cesto.

O principal objetivo com esse pequeno artigo é, de forma clara e objetiva, esclarecer o que é e o que não é cada um desses serviços, qual é a responsabilidade dos profissionais, além de indicar qual deles é mais apropriado a qual tipo de questão.

Meu desejo é o de clarificar conceitos e aplicabilidade dos processos de Coaching, Mentoring, Couseling, Consultoria e Psicoterapia (os quais serão expostos não nesta ordem).

Consultoria (do latim consultare – dar ou receber conselhos) é o fornecimento de determinada prestação de serviço qualificado, oferecido por um profissional especializado e conhecedor do tema. Não há uma formação única para ser consultor, existem engenheiros, administradores, psicólogos, educadores físicos, sociólogos, contadores, economistas, entre outros. Trata-se de um serviço de apoio a indivíduos (pessoa física ou jurídica) que, através de um olhar isento, possa analisar fluxos e processos, diagnosticar dificuldades, auxiliar na tomada de decisões estratégicas, indicar, viabilizar e, às vezes, implantar soluções que possam provocar grande impacto sobre os resultados desejados. O foco do trabalho de consultoria é a definição de alternativas de ação que possam garantir a sustentabilidade do negócio em todos os seus aspectos (produtos, serviços, pessoas, rentabilidade, inovação, cultura organizacional, forma de gestão, expansão de mercado, etc.) ou o bem estar das pessoas. Em geral, existem dois tipos de consultoria interna e externa. A interna só acontece para as organizações e é feita por um consultor que é funcionário da empresa, conhece a estrutura organizacional e está inserido na cultura corporativa. Já a consultoria externa é realizada por um profissional autônomo ou por uma empresa que reúne consultores de várias especialidades. Frequentemente, é um trabalho de meses ou anos e é um rico recurso para empresas ou pessoas que precisão de ajuda para se organizar ou tomar decisões (no campo pessoal, por exemplo, existem indivíduos que tem problemas financeiros e podem procurar um consultor para ajudá-los).

Couseling é uma palavra de origem Inglesa que em Português significa aconselhamento e em Espanhol significa asesoramiento. O aconselhamento pode ser definido como um processo de “(…) escuta ativa, individualizado e centrado no cliente. Pressupõe a capacidade de estabelecer uma relação de confiança entre os interlocutores, visando o resgate dos recursos internos da pessoa atendida para que ela mesma tenha possibilidade de reconhecer-se como sujeito de sua própria saúde e transformação” (MS, 1997a:11). É um processo de orientação e resolução de problemas, rápido e pontual.

O surgimento oficial da expressão Counseling remonta aos anos cinqüenta, quando, nos Estados Unidos, passou-se a desenvolver essa atividade diretamente relacionada aos serviços de aconselhamento para atividades dos serviços sociais ou voluntariado. Com o psicólogo norte-americano, Carl Rogers, foi que o processo de couseling adquiriu suas atuais caracteristicas de “colóquio centrado sobre o cliente”, onde a atenção do couselor – profissional que realiza o serviço – está completamente focada na pessoa, ao invés de ser sobre o problema.  Importante: O Counselor não é um psicólogo por obrigatoriedade, mas deve ter um conhecimento muito bom da personalidade e idiossincrasias humanas.Trata-se de um processo de interação entre duas pessoas, counselor e cliente, cujo objetivo é ajudar o cliente a superar problemas de personalidade que dificultam sua livre, plena e criativa expressão de si mesmo, a partir da criação de condições favoráveis a utilização de habilidades pessoais já existentes. O trabalho se propõem a resolver conflitos individuais, angustias existenciais ou emocionais, mas também tem sido utilizado para favorecer diálogos entre as estruturas organizacionais e seus indivíduos. Recomenda-se esse trabalho para qualquer pessoa que tenha necessidade de ser aconselhada sobre um tema específico, por exemplo: sexo, carreira, finanças, entre outros..

Mentoring uma palavra de origem mitológica que hoje vem, cada vez mais, sendo usada no mundo dos negócios. Mas vamos começar com a origem. Mentoring vem de MENTOR, nome do personagem da Odisseia (VII a.C.), amigo de Ulisses, que orientava seu filho, Telêmaco. Mentor significa orientador, aquele que guia com uma determinada intenção ou propósito. De acordo com os dicionários de francês e inglês, mentor é sinônimo de ‘conselheiro sábio’, ‘protetor’ e ‘financiador’. O mentor deve oferecer suporte, orientação, inspiração e coragem para que seu aprendiz siga em direção a seus objetivos. Portanto, trata-se de um trabalho onde o indivíduo é visto como “aprendiz real” e está ali para absorver o máximo do seu ‘mestre’, ampliando sua percepção de si mesmo e descobrindo novas oportunidades de ação. Nos anos 1990 a expressão mentoring começa a fazer parte do vocabulário dos negócios e passa a ser uma atividade, em geral, desempenhada por um executivo bastante sênior, que adquiriu habilidades de liderança e reconhecimento profissional. Este, ‘adota’ um jovem identificado com potencial acima da média para orientá-lo, ensiná-lo sobre uma especialidade, dar conselhos e proteger em sua trajetória. Em resumo, trata-se de um trabalho de orientação proveniente da experiência de um profissional sênior no desenvolvimento da carreira de um profissional iniciante.

De acordo com o especialista Jair Moggi, autor do livro “Assuma a direção da sua carreira”, o mentoring pode ser definido como uma atividade próxima à do professor, ou seja, uma relação de mestre e aprendiz, onde o mestre é aquele que é reconhecido por suas habilidades, conhecimentos e atitudes coerentes e diferenciadas , e o aprendiz é aquele que se deixa ensinar com o objetivo de conquistar um novo patamar de excelência. È um processo onde as pessoas tem a oportunidade de crescer através da paixão de um especialista que consegue metamorfosear conhecimento e experiências em sabedoria e predisposição para compartilhar. Recomenda-se esse trabalho para pessoas que desejam absorver conhecimentos específicos para suas carreiras ou queiram definir o caminho para chegar lá (espelhando o mentor).

Psicoterapia (do grego psykhē – mente, e therapeuein – curar; primeira referência ca. 1890) é um processo dialético realizado entre um profissional especializado e devidamente formado – psicólogo – e seu cliente. Ou seja, é um processo que visa restabelecer a qualidade de vida do cliente, através de diálogos com foco na contraposição de ideias que buscam o equacionamento da problemática para o desenvolvimento de novos padrões de funcionamento intelectual, psíquico e comportamental. Frequentemente, é realizado através de encontros presenciais, no consultório do psicólogo com frequência semanal ou superior. Trata-se de um valioso recurso para quem precisa lidar com as dificuldades da própria existência. Geralmente, o processo psicoterapêutico se concentra na solução das dificuldades que surgem do passado e que interferem no funcionamento emocional do presente. Esse trabalho é amplamente recomendado para quem precisa tratar transtornos psicológicos (pânico, fobias, traumas, etc.), transtornos de personalidade e conflitos de vários gêneros (pessoais, conjugais, familiares, interpessoais, etc.); em resumo é indicado para pessoas que estão passando por crises que remetem a sofrimento psicoemocional.

Coaching é um processo criativo, gerador de reflexões que inspiram o cliente (coachee) a maximizar seu potencial pessoal e profissional. O processo de coching provoca movimento no presente, por meio de ações concretas, com o objetivo de causar mudanças no futuro. Esta interação entre coach (profissional que conduz o processo de desenvolvimento) e coachee se dá a partir de um tripé de sustentação muito importante: 1) o desejo de transformação, 2) a relação de confiança e 3) a ampliação da cosnciência.

Um pouco de história. Coach é uma palavra inglesa de origem húngara Kocsi. Kocs é uma cidade na Hungria que, no século XV começou a produzir carruagens e essas, por seu primor na execução passaram a ser chamadas de kocsi szeker e daí surgiu o termo coach como veículo para transporte de pessoas. Outro significado bastante usual para essa palavra é o de técnico ou treinador, mas como chegamos até aqui? Existem duas histórias de origem britânica sobre isso. A primeira diz que o coach era o tutor que, no século XVIII guiava as crianças pelos campos do conhecimento, em analogia às carruagens que carregavam familiais pelos campos da Inglaterra. A segunda é que as famílias muito ricas, em longas viagens, levavam servos que liam lições em voz alta para as crianças no interior das carruagens e então dizia-se que os pequenos tinham sido coached – instruídos dentro da carruagem. Seja como for, coach possui uma origem de servir ao outro e isso revela sobremaneira a essência do seu trabalho.

O coach – profissional com formação original diversa (psicologia, administração de empresas, pedagogia, letras, engenharia, medicina, etc.) e necessariamente formação específica em coaching – atua apoiando, incentivando o crescimento do seu coachee através da manutenção (ou resgate, quando necessário) da motivação, elaboração de um plano de ação e acompanhamento das ações efetivamente realizadas. O objetivo do processo de coaching sempre é manifestado e decidido pelo coachee. Portanto, é um trabalho onde se estabelece um acordo para atingir um objetivo específico (do coachee), e o coach o apoia através de reflexões investigativas, que levem a identificação de sua potencialidades que possam ser ampliadas. Em geral, quem procura o serviço de coaching são pessoas que buscam algum mecanismo para viabilizar o aprendizado diário, para dirimir duvidas e questionamentos sobre as próprias habilidades ou para dar mais sentido à própria vida.

Enfim, o coaching vai ajudar pessoas (em seus diferentes papéis na vida – aluno, professor, pai, filho, gerente, amigo, etc.) a usarem as habilidades que elas já têm, mas que estão não reconhecem ou estão adormecidas.

Espero ter contribuído para uma melhor compreensão desses serviços. Que você leitor, saiba identificar o melhor caminho para si ou para sua empresa.

Carlla D’ Zanna
Psicóloga Organizacional, Consultora de Cultura e Liderança e Senior Coach