“7 erros a serem evitados pelo novo coach”

No Brasil, a atividade de coaching ainda não é oficialmente reconhecida como profissão, mas com experiência de mais de 15 anos como coach profissional, eu gostaria de, humildemente, recomendar que, aqueles que se propuserem a exercer essa atividade a considerem com a seriedade e responsabilidade de outras tantas profissões. Isso significa preparo específico, desenvolvimento das competências exigidas, atualizações frequentes, foco, vontade de fazer um trabalho muito bom, dedicação e, acima de tudo, acreditar, genuinamente, no potencial dos outros.

Não dar atenção a esses aspectos, infelizmente, tem feito com que muitos se aventurem no mercado usando inadvertidamente o termo coaching ou se apresentem como COACHES, sem ao menos terem formação específica e consistente, achando que é uma atividade simples que pode ser exercida por qualquer um. Sem sombra de dúvida, esse é o maior erro que qualquer pessoa pode cometer ao pensar em ser um coach.

Para refletir: Será que por ser uma mãe zelosa e capaz de cuidar da saúde do meu filho eu posso me apresentar como médica pediatra?

Meu objetivo ao escrever esse texto é alertar sobre erros comuns e também oferecer minha contribuição afim de apoiar novos colegas em suas respectivas jornadas como coaches.

Eu não sou contra cometer erros, afinal eles são parte integrante do desenvolvimento, mas podemos errar erros diferentes quando nos abrimos para aprender com os erros cometidos por outros, certo? Por isso, abaixo você encontrará os sete erros mais comuns que um coach iniciante pode cometer, seguidos de comentários e recomendações.

Os 7 erros mais comuns cometidos, principalmente por novos coaches:

1 – Acreditar que ao terminar sua formação já está pronto para vender seu serviço de coaching.  Cuidado!  Coaching não é teoria, é pratica, muita pratica!

Fazer uma formação consistente e, preferencialmente reconhecida por alguma instituição, como por exemplo o Internacional Coaching Federation – ICF, não o tornará um coach, mas te oferecerá conhecimento para que você inicie sua pratica de forma estruturada e profunda. Antes de sair vendendo seu serviço de coaching pratique (recomendo pelo menos umas 50h) oferecendo atendimentos probono (sem pagamento).

Responda para você mesmo… gostaria de pagar por um produto ou serviço que ainda não está completamente pronto?

O que você pode oferecer de mais poderoso para conquistar o mercado e ter bons clien- tes é a sua credibilidade, portanto não se arrisque.

Seja ético e transparente com quem você convidar para ser um cliente alfa (cliente que aceitará te ajudar no inicio da sua carreira como coach), informe que você ainda está praticando e agradeça pela oportunidade que aquela pessoa está te oferecendo (e você a ela).

Além disso, tenha um supervisor e/ ou um mentor!

2 – Ter “Gula de Coaching”

Fique atento para não querer atender clientes com demandas que se aplicam melhor a outras modalidades de desenvolvimento (psicoterapia, consultoria, aconselhamento, aula, etc.). Na ânsia de ganhar experiência e começar a atender, alguns coaches se deixam levar pelo que um dia aprendi com o nome de “gula terapêutica” (aqui chamei de “gula de coaching”) e achar que todo e qualquer tipo de necessidade é questão de coaching. Isso não é verdade!! Às vezes o que a pessoa precisa é outra coisa e como essa é uma pratica muito nova no Brasil, temos o dever de dizer ao cliente prospect o que é e o que não é coaching, deixando claro a diferença em relação a outras modalidades de desenvolvimento que existem.

Exerça com efetividade e sabedoria seu papel de coach na essência.

3 – Querer se responsabilizar pelo sucesso do processo
Querer ser ótimo profissional não o torna responsável pelo sucesso dos processos que conduz, lembre-se que um dos princípios do coaching é justamente acreditar no potencial do outro e estimula-lo a ser o protagonista da sua própria jornada. Por isso, é muito importante desde o inicio fazer uma boa contratação, deixando claro os papéis de cada um, responsabilidades, forma de funcionamento do processo e sessões e os limites do coaching. Lembre-se, sempre que for necessário você pode e deve rever o contrato de coaching, deixando claro para seu cliente que a responsabilidade pelo sucesso depende muito mais dele do que de você.

4 – “Caminhar” sozinho

A atividade de coaching é individual, mas não se isole, não acredite que já tem todas as respostas, não pense que já aprendeu tudo. Manter-se conectado a uma comunidade global de coaches profissionais que compartilham do compromisso com a qualidade e rigor de uma educação continuada, certamente irá proporcionar muita troca quanto a métodos, estudos inovadores e pesquisas no campo do coaching. Você precisará disso para oferecer o melhor a seus clientes.

Admitir que não está pronto é um gesto de sabedoria,  isso signfica muito para a carreira de um profissional sério. Investir na troca com colegas mais experientes ou até mesmo participar de um programa de supervisão ou mentoria em coaching mostra seu interesse em ser o melhor profissional que puder ser.

Acredite, com um supervisor ou mentor coach que tenha experiência você irá com- partilhar uma história de sucesso (sua e dele). Talvez essa seja a principal característica de um coach de sucesso!

5 – Fazer de tudo

A maioria dos coaches acham que basta se formar e estão prontos para sair atendendo tudo e todos, independente de terem um foco ou nicho definidos. Os iniciantes tendem a se anunciarem como uma espécie de “faz tudo” em coaching, o que é péssimo para imagem do profissional. Coaches sérios determinam seus nichos e se tornam especialistas. Acredite, seus clientes não cairão do céu, mas também não os terá apenas porque fez um site bonito ou montou sua fanpage, o que realmente faz a diferença é sua capacidade de criar credibilidade e interagir de maneira estratégica com seus potenciais clientes.

Estude, pesquise, escreva e mostre o quanto você se dedica a um nicho específico do mercado.

6 – Acreditar que coaching é o uso sistemático de ferramentas
Os novos coaches tendem a se apoiar fortemente no uso das ferramentas de coaching, principalmente se saem de uma formação onde elas são “vendidas” como “tabuas de salvação” para o processo (a tal garantia de segurança). Não se fie nisso e cuidado para você não se tornar um profissional qualquer. Por outro lado, reconheço que as ferramentas estruturadas e, algumas vezes escolhidas antecipadamente, são uteis, mas apenas quando utilizadas com brevidade e sabedoria pelo coach, ao mesmo tempo reafirmo que não serão elas as responsáveis por garantir o sucesso e a qualidade do trabalho realizado.

Afinal, você quer ser um coach ou um aplicador de ferramentas?

Para conduzir o coaching de forma personalizada e profunda, como se presume que aconteça, não utilize ferramentas como se tivesse que seguir um roteiro previamente definido, (lembre que a agenda deve sempre ser do cliente). Um coach deve aprender a usar sua intuição, sua capacidade de manter presença e escuta ativa, para extrair o melhor de seus clientes através de perguntas poderosas.

7 – Não cuidar do próprio desenvolvimento
Você já foi coachee num processo completo? Se sua resposta for não, fique atento, será que você nunca teve que lidar com alguma questão na sua vida onde o coaching poderia apoia-lo?
O que estou querendo com essa pro-vocação é faze-lo pensar sobre a importância de passar pela experiência de ser um coachee e de seguir buscando seu caminho de desenvolvimento continuamente, seja para o seu papel de coach ou para qualquer um dos papéis que exerce na sua vida social (pai, mãe, filho, amigo, voluntário, lider comunitário, etc.)

Seja um coach responsável e feliz, isso te levará ao sucesso!!!

Produtividade Humana – o novo nome da Felicidade

“Ser feliz não é viver apenas momentos de alegria, é viver com paixão e coragem para aprender, desaprender e reaprender. É saber para onde ir e simplesmente caminhar. É se propor a fazer e celebrar as conquistas.” (Carlla D’ Zanna)

Felicidade é um conceito intimamente ligado a motivação, meus estudos e observações, ao longo dos últimos 7 anos, me fazem acreditar nisso.

Segundo David McClelland, psicólogo e professor de Harvard, os motivos sociais (ou necessidades humanas) são responsáveis pela forma como as pessoas pensam, sentem e, consequentemente, agem. Felicidade tem a ver com ação, pois são nossas conquistas, sejam quais forem, que nos trazem essa tão almejada sensação. A motivação é responsável pela energia (força vital) e esforços dispendidos para alcançar um determinado objetivo, sem eles não poderíamos nos mover na direção pretendida.

Cada pessoa é 100% responsável pela própria felicidade, e isto é comprovado pela neurociência ao demonstrar que através da ativação do córtex pré-frontal esquerdo conseguimos produzir sensação de prazer.

Então, ouso definir felicidade como um ‘lugar’ (espaço) – “Pódio de Vida”-  conquistado através de uma conexão fluida que cada um de nós é capaz de estabelecer com a própria essência.

E produtividade? Para isso, contarei um pouco de história, pois classicamente, trata-se de um conceito originado pelas crescentes demandas industriais do inicio do século XX, quando Henry Ford criou a Linha de Produção, revolucionando os processos de fabricação. A indústria mundial passou por várias mudanças e a produção em massa se faz necessária. Em 1950, a Comunidade Econômica Europeia definiu, formalmente, o conceito de produtividade como sendo o “quociente obtido pela divisão do produzido por um dos fatores de produção”. Produtividade passa a ser associada à eficiência e tempo gasto para produzir. Desde então, o grau de produtividade de um agente econômico (pessoa, empresa, país, etc.) passou a ser um dos melhores indicadores do nível de eficiência e eficácia, tornando-se uma medida relevante para aferir performance. Segundo Peter Drucker, considerado o pai da administração moderna, a produtividade é o melhor indicador da eficácia da gestão. Em resumo, “produtividade significa fazer mais e melhor com menos recursos”, ou seja, quanto menor for o tempo levado para obter o resultado pretendido garantindo alto padrão de qualidade, mais produtivo é o processo, o sistema ou etc..

Mas isso parece cartesiano demais, como é possível pensar em comportamento humano x produtividade? E o que é que isso tem a ver com felicidade?

De fatoTudo! E para chegar a essa afirmação busquei estudos e teorias que me ajudaram a conectar Produtividade, Comportamento Humano e Felicidade.

A primeira vez que ouvi a expressão “Produtividade Humana” foi com Will Schutz, psicólogo e Ph.D criador do método The Human Elementâ, voltado ao fortalecimento das relações e ampliação da produtividade das equipes (Teoria FIRO – Fundamental Interpersonal Relations Orientation), e me lembro de ter pensado: “se produtividade humana significa ter habilidade para se manter flexível (capacidade de respeitar as diferenças) e aberto (ser capaz de falar de si para os outros de forma autentica) nas relações, a fim de resolver com agilidade e sucesso, qualquer tipo de impasse e assim ser mais eficiente na conquista dos resultados…”, então posso dizer que essa tal ‘PH’ é a capacidade de obter os resultados desejados na vida, com máxima eficiência e mínimo desgaste emocional. Será isso mesmo?

Tim Gallwey, em seu método de coaching “The Inner Game”, afirma que a performance de uma pessoa é o resultado do seu potencial menos as interferências, o que é traduzido na seguinte equação: Pf = Pt – I.

Somando isso ao que Drucker afirma sobre performance, posso dizer que o potencial humano é igual as suas realizações, ou seja, o próprio nível de produtividade do indivíduo. Desta forma, passei a pensar que PH é algo como a capacidade do individuo promover transformações pessoais ao longo da vida de tal forma que possa permanecer o máximo de tempo possível sobre seu “pódio de vida”.

E o que é Pódio de Vida? É um espaço pleno criado por cada um de nós, onde tudo flui com o máximo aproveitamento potencial e mínimo desgaste psicocomportamental (as tais interferências referidas por Gallwey). É o espaço para o qual desejamos caminhar quando iniciamos uma jornada de desenvolvimento e aprendizagem. É o lugar que cada um pode chamar de felicidade, pois é lá que toda conquista tem uma dose de prazer e todo prazer tem uma dose de conquista. O psicólogo húngaro Mihaly Csikszentmihalyi, que idealizou a Teoria do Flow (do inglês: fluir) parece compartilhar dessa visão, pois propõem que, para estarmos nesse espaço de fluidez, ao longo da vida, devemos produzir sempre com muita espontaneidade, a partir de um estado mental de grande concentração ou presença e que, para isso, sempre deve haver equilíbrio entre as habilidades do indivíduo e os desafios assumidos (sejam eles propostos por si mesmo ou outros).

Concluindo, é possível dizer que todas as vezes que um individuo estiver sobre seu Pódio de Vida, seu índice de Produtividade Humana será elevado, indicando eficácia em relação a própria vida. Ou seja, Produtividade Humana é o quociente obtido pela divisão do nível de satisfação com o que um indivíduo produz na vida pelo tempo e energia emocional utilizados. E me atrevo a dizer que felicidade é o nome dado ao resultado dessa divisão, o que me leva a deduzir que Produtividade Humana é igual a Felicidade.

Como coaches nos propomos a apoiar as pessoas a se moverem e com isso atingirem seus Pódios de Vida, por isso somos fortes aliados das pessoas no alcance da tão almejada Produtividade Humana.

Tempo e Estresse

Em geral, as pessoas acabam sentindo de maneira significativa a pressão interna e externa vinda de tempos difíceis como, por exemplo, a crise econômica e politica que estamos atravessando. Isso, muitas vezes, faz com que o estresse aumente e cada um, a seu modo, tenta driblar a situação. Muitas vezes, um dos “sintomas” disso é a falta de energia, a paralisação, a procrastinação, a inércia. A notícia ruim é que a possibilidade de entrarmos num circulo vicioso improdutivo é muito grande, pois sem energia não queremos fazer as coisas do dia-a-dia, mas depois ficamos nos cobrando ainda mais por não termos feito o que era necessário ou útil e com isso o estresse cresce ainda mais e o tal ciclo vicioso se fixa e perpetua. Conclusão, aumento de estresse e perda de tempo.

Me diga, como anda seu nível de estresse nos últimos tempos?

Você sabia que qualquer mudança na “lógica local”, ou seja, qualquer evento que gere uma importante mudança do status quo gera estresse? Não são apenas as más notícias ou fatos desagradáveis que provocam isso, vou mencionar exemplos do que pode ser considerado “mudança na lógica local”: nascimento de um filho, perda de um ente querido, falta de dinheiro, elevação repentina do padrão aquisitivo, casamento, divórcio, mudança de casa, cidade, estado, pais, mudança de emprego, promoção, demissão, doença, premiação, etc., etc..

Pare, pense e avalie como você está sentindo que seu nível de estresse.  Está alto? Então já passou do momento de fazer algo para restabelecer seu equilíbrio, caso contrário terá dificuldade para lidar com seu tempo. O assunto é profundo!

Seguem algumas questões para te ajudar a refletir sobre como tem lidado com o estresse e o tempo.

  • Como você tem usado seu tempo livre? “você não tem tempo livre?????!!!!!”
  • O que você faz para restabelecer sua energia vital?
  • Como você lida com mudanças repentinas?

Você sabia que, já em 1908 ,os psicólogos Robert M. Yerkes e John Dodson D. – descobriram que a performance é afetada pelo ambiente? Que tipo de ambiente você tem criado ou aceito permanecer?

Como você pretende agir para transformar ciclos viciosos em virtuosos…

Você já pensou em:

  • Estabelecer uma agenda com claros limites?
  • Encontrar e colocar em ação hobbies (atividades que gerem muita satisfaçao)?
  • Definir metas claras para que suas demandas não se tornem SEMPRE urgências?

Se você quiser aprofundar o tema e descobrir como adquirir novos e saudáveis hábitos,  nós podemos ajudar. Nosso trabalho sobre Gestão do tempo quer te ajudar a garantir sua produtividade humana.  Saiba mais em www.transformacaoconsultoria.com.br

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