Comunicação Não Violenta e Coaching – A CNV a luz das Competências do Coach

“Se é da comunicação humana o ato de falar e ouvir e, se quando o fazemos de coração isso nos liga uns aos outros …” (M. Rosenberg) o Coaching é uma excepcional ferramenta para isso, pois está a serviço de relações mais harmoniosas e consequentemente da promoção da produtividade humana. 

A afirmação acima nos instigou a pesquisar e estudar como o modelo de comunicação defendido pelo Dr. Marshall Rosenberg poderia se conectar a pratica do Coaching, que afinal é um processo de desenvolvimento baseado no diálogo entre coach e coachee quem, por sua vez, demonstra suas mudanças, aprendizados, etc. na interação com pessoas do seu convívio, sendo assim, estabelecer uma comunicação eficaz durante o Coaching é fundamental.

Aprendemos que a linguagem habitual do ser humano possui uma raiz comum, que busca dominação e convencimento uns dos outros, ao invés de focar em estabelecer relações de liberdade, autonomia e responsabilização, como preconiza o Coaching e a ”Comunicação NãoViolenta” – CNV, que surge como uma forma de rever os critérios de interação entre as pessoas, através da atenção aos comportamentos e sentimentos envolvidos na comunicação. 

Esse modelo foi baseado nas ideias de Gandhi e na psicologia humanística de Carl Rogers, apoiando o estabelecimento de relações de parceria e cooperação, em que predomina uma comunicação eficaz com empatia. O Dr. Rosenberg descobriu que esta forma de influência mútua tende a inspirar ações compassivas e solidárias, sendo cada vez mais utilizada por uma rede mundial de mediadores, facilitadores e agentes voluntários, com o objetivo de agir de forma prática e eficaz em favor da paz. 

A CNV vem se consolidando como linguagem intercessora, possibilitando melhor compreensão das palavras, estimulando relações profissionais e pessoais mais harmônicas. O modelo possui quatro fases, onde expressões verbais honestas são pressupostos básicos da comunicação.

  1. Observação: descrição da situação sem julgamentos ou avaliações. 
  2. Sentimento: identificação do que sente em relação ao observado. 
  3. Necessidades: reflexão sobre as necessidades que queremos ver atendidas, ao invés de apontar erros em si ou no outro.
  4. Pedido: verbalização clara, positiva e assertiva sobre o que é preciso para resolver a questão.

Observamos que ao garantir esses quatro passos é possível mudar a qualidade da comunicação, pois a escuta fica mais atenta, a expressão dos sentimentos não apontam erros e a necessidade de ambos fica evidente. 

A conexão entre CNV e Coaching é forte, afinal a comunicação é uma habilidade fundamental a ser dominada pelo coach que, ao se comunicar com o cliente, estabelece as bases e a qualidade da relação. Uma comunicação eficiente apoia o processo e facilita que o coachee amplie a consciência sobre si mesmo, compreendendo como pensa, sente e age. Além disso, o uso da CNV ajuda o coach a ganhar mestria no uso das Competências de Coaching. Em nossos estudos e vivencias percebemos que ao nos expressarmos através dos quatro elementos da CNV nos tornamos mais capazes de receber com empatia e generosidade as demandas que chegam a nós.

O Dr. Rosenberg, através deste modelo de comunicação, nos convida a olhar para dentro (de si mesmo) e para o outro, com um olhar aprimorado, com olhos de compaixão, e no coaching usamos a compaixão quando parafraseamos o que nosso cliente nos diz, buscando confirmação sobre nosso entendimento da questão, ou quando não avaliamos o que é dito usando nosso próprio mapa mental (compreensão intelectual), e sim questionamos o cliente sobre o significado do que ele está dizendo, sentindo, percebendo.

A CNV nos estimula a ouvir com muito mais atenção e presença, criando um ambiente seguro, de apoio que produza respeito e confiança mútuos. Ouvir com empatia exige que a mente esteja vazia, sem sugestões para dar, ou seja, o coach deve sempre ouvir com todo o seu ser, ouvir o que vai além das palavras (comunicação não verbal), ouvir completamente conectado ao outro, ouvir exatamente o que está sendo dito e não seus próprios pensamentos e julgamentos sobre o que está sendo dito, ouvir as emoções que estão presentes. Para isso, ele deve ser capaz de estabelecer confiança e intimidade com seu cliente, de conectar-se com presença integral, escutar ativamentefazer perguntas que revelem informações necessárias em benefício do cliente, de comunicar-se com clareza e objetividade e de criar consciência através da integração de tudo que é dito e sentido pelo coachee, devolvendo para ele sob a forma de feedback. 

Encontramos duas vias de aplicação do modelo, uma é pela possibilidade de fortalecer o uso das Competências de Coaching e a outra pela oportunidade de oferecer ao cliente um método alternativo de comunicação que gera resultados sustentáveis.

Um exemplo real do que estamos dizendo…

A situação descrita abaixo é um recorte de uma sessão de coaching onde a profissional teve que usar intensamente suas Competências de Coaching, pois a cliente estava emocionalmente bastante comprometida para olhar para o fato em si e para ela mesma. A coach estava tão conectada com sua cliente que foi capaz de dedicar tempo suficiente para “limpar” sentimentos e julgamentos que a estavam impedindo de seguir adiante, e para isso utilizou os passos da CNV. Sua escuta se manteve apurada, sem nenhum tipo de julgamento, além de ter que usar de comunicação direta para apoiar a cliente no que ela havia se proposto.

Para sua melhor compreensão é importante dizer que a coachee afirma ser o reconhecimento, um dos seus cinco valores mais importantes na vida.

A coachee diz “… o que quero trabalhar hoje é a relação com o meu chefe, pois ele não me valoriza. Tenho me esforçado tanto e nunca sou reconhecida. …  Sou nova nessa função, ainda estou aprendendo, será que ele não é capaz de entender isso? … Ontem eu fiz um relatório e errei apenas dois dados, mas meu chefe falou sobre os erros com raiva, ele muito bravo e rude. Será que ele não poderia falar comigo de um jeito mais suave, mais compreensivo? Estou me sentindo chateada porque ele não valoriza em nada o que eu faço, só olha para os meus erros …”

Depois da coach explorar a questão usando a CNV, o resultado foi:

Coachee: “… entendi o que está acontecendo, ontem eu fiz um relatório e inclui duas informações erradas. Quando meu chefe percebeu os erros chamou minha atenção porque essas informações são muito importantes para algumas tomadas de decisão e aquele erro poderia acarretar prejuízos para todo o departamento e empresa (fato descrito e limpo de interferências). Eu fiquei chateada (sentimento) porque para mim também é importante ser reconhecida pelo que eu faço de bom e correto (identificação da sua necessidade), por isso vou falar com ele em outros termos, sei que errei e compreendi que isso poderia prejudicar a performance de toda a equipe. Vou falar com ele e dizer que seria muito legal se, daqui para frente, nós pudéssemos conversar sobre meus erros de tal forma que eu entenda o que e porque estou errando e possa aprender com isso, passando a errar menos, o que me levará a contribuir com o sucesso de todos (pedido)”.

Esse exemplo nos mostra os benefícios e a objetividade conseguida com o uso da CNV no coaching.

Concluindo, ousamos dizer que treinar para nos comunicar de forma não violenta em nosso cotidiano é uma das formas de nos ajudar a desenvolver algumas das mais importantes competências essenciais a atividade de coaching, afinal a mestria em nossa atividade decorre de uma comunicação realmente eficaz.

Este artigo é fruto dos estudos realizados pelo Grupo de Estudos da ICF-SP nos anos 2014/2015, com autoria das coaches: Carlla Zanna, Cristina Kokiel, Élida Fagundes, Kátia Gaspar, Valéria Recco Luiz e Wania Troyano e organizado pela coach Carlla Zanna

Produtividade Humana – o novo nome da Felicidade

“Ser feliz não é viver apenas momentos de alegria, é viver com paixão e coragem para aprender, desaprender e reaprender. É saber para onde ir e simplesmente caminhar. É se propor a fazer e celebrar as conquistas.” (Carlla D’ Zanna)

Felicidade é um conceito intimamente ligado a motivação, meus estudos e observações, ao longo dos últimos 7 anos, me fazem acreditar nisso.

Segundo David McClelland, psicólogo e professor de Harvard, os motivos sociais (ou necessidades humanas) são responsáveis pela forma como as pessoas pensam, sentem e, consequentemente, agem. Felicidade tem a ver com ação, pois são nossas conquistas, sejam quais forem, que nos trazem essa tão almejada sensação. A motivação é responsável pela energia (força vital) e esforços dispendidos para alcançar um determinado objetivo, sem eles não poderíamos nos mover na direção pretendida.

Cada pessoa é 100% responsável pela própria felicidade, e isto é comprovado pela neurociência ao demonstrar que através da ativação do córtex pré-frontal esquerdo conseguimos produzir sensação de prazer.

Então, ouso definir felicidade como um ‘lugar’ (espaço) – “Pódio de Vida”-  conquistado através de uma conexão fluida que cada um de nós é capaz de estabelecer com a própria essência.

E produtividade? Para isso, contarei um pouco de história, pois classicamente, trata-se de um conceito originado pelas crescentes demandas industriais do inicio do século XX, quando Henry Ford criou a Linha de Produção, revolucionando os processos de fabricação. A indústria mundial passou por várias mudanças e a produção em massa se faz necessária. Em 1950, a Comunidade Econômica Europeia definiu, formalmente, o conceito de produtividade como sendo o “quociente obtido pela divisão do produzido por um dos fatores de produção”. Produtividade passa a ser associada à eficiência e tempo gasto para produzir. Desde então, o grau de produtividade de um agente econômico (pessoa, empresa, país, etc.) passou a ser um dos melhores indicadores do nível de eficiência e eficácia, tornando-se uma medida relevante para aferir performance. Segundo Peter Drucker, considerado o pai da administração moderna, a produtividade é o melhor indicador da eficácia da gestão. Em resumo, “produtividade significa fazer mais e melhor com menos recursos”, ou seja, quanto menor for o tempo levado para obter o resultado pretendido garantindo alto padrão de qualidade, mais produtivo é o processo, o sistema ou etc..

Mas isso parece cartesiano demais, como é possível pensar em comportamento humano x produtividade? E o que é que isso tem a ver com felicidade?

De fatoTudo! E para chegar a essa afirmação busquei estudos e teorias que me ajudaram a conectar Produtividade, Comportamento Humano e Felicidade.

A primeira vez que ouvi a expressão “Produtividade Humana” foi com Will Schutz, psicólogo e Ph.D criador do método The Human Elementâ, voltado ao fortalecimento das relações e ampliação da produtividade das equipes (Teoria FIRO – Fundamental Interpersonal Relations Orientation), e me lembro de ter pensado: “se produtividade humana significa ter habilidade para se manter flexível (capacidade de respeitar as diferenças) e aberto (ser capaz de falar de si para os outros de forma autentica) nas relações, a fim de resolver com agilidade e sucesso, qualquer tipo de impasse e assim ser mais eficiente na conquista dos resultados…”, então posso dizer que essa tal ‘PH’ é a capacidade de obter os resultados desejados na vida, com máxima eficiência e mínimo desgaste emocional. Será isso mesmo?

Tim Gallwey, em seu método de coaching “The Inner Game”, afirma que a performance de uma pessoa é o resultado do seu potencial menos as interferências, o que é traduzido na seguinte equação: Pf = Pt – I.

Somando isso ao que Drucker afirma sobre performance, posso dizer que o potencial humano é igual as suas realizações, ou seja, o próprio nível de produtividade do indivíduo. Desta forma, passei a pensar que PH é algo como a capacidade do individuo promover transformações pessoais ao longo da vida de tal forma que possa permanecer o máximo de tempo possível sobre seu “pódio de vida”.

E o que é Pódio de Vida? É um espaço pleno criado por cada um de nós, onde tudo flui com o máximo aproveitamento potencial e mínimo desgaste psicocomportamental (as tais interferências referidas por Gallwey). É o espaço para o qual desejamos caminhar quando iniciamos uma jornada de desenvolvimento e aprendizagem. É o lugar que cada um pode chamar de felicidade, pois é lá que toda conquista tem uma dose de prazer e todo prazer tem uma dose de conquista. O psicólogo húngaro Mihaly Csikszentmihalyi, que idealizou a Teoria do Flow (do inglês: fluir) parece compartilhar dessa visão, pois propõem que, para estarmos nesse espaço de fluidez, ao longo da vida, devemos produzir sempre com muita espontaneidade, a partir de um estado mental de grande concentração ou presença e que, para isso, sempre deve haver equilíbrio entre as habilidades do indivíduo e os desafios assumidos (sejam eles propostos por si mesmo ou outros).

Concluindo, é possível dizer que todas as vezes que um individuo estiver sobre seu Pódio de Vida, seu índice de Produtividade Humana será elevado, indicando eficácia em relação a própria vida. Ou seja, Produtividade Humana é o quociente obtido pela divisão do nível de satisfação com o que um indivíduo produz na vida pelo tempo e energia emocional utilizados. E me atrevo a dizer que felicidade é o nome dado ao resultado dessa divisão, o que me leva a deduzir que Produtividade Humana é igual a Felicidade.

Como coaches nos propomos a apoiar as pessoas a se moverem e com isso atingirem seus Pódios de Vida, por isso somos fortes aliados das pessoas no alcance da tão almejada Produtividade Humana.

“Ser Coach”, Missão ou Formação?

Olá amigos,

Hoje vou compartilhar com vocês um pouco da minha história e minhas crenças sobre “Ser Coach”, pois fazer um curso de formação em Coaching é possível para muitos, mas “Ser Coach”, é para poucos.

Desde criança eu queria trabalhar com gente, sempre adorei pessoas e mais ainda de saber porque elas pensam como pensam, agem como agem, ficam felizes ou tristes, possuem desejos e fazem coisas para realiza-los ou apenas esperam que uma espécie de “mágica”  ou milagre lhes proporcionem o que querem.

Calma …  não vou contar a história da minha vida inteira, apenas uma introdução que dará sentido ao que virá a seguir.

Ouvir as histórias das pessoas sempre foi um prazer e procurava ouvir além daquilo que diziam com a voz. Queria conhecer suas experiências, crenças, pensamentos e sentimentos, sempre respeitando suas escolhas.

Decidi estudar psicologia!

Me especializei em psicologia organizacional, pois o mundo corporativo parecia ser repleto de idiossincrasias, jogos políticos e exigências comportamentais, terreno fértil para quem gosta de desafios e se interessa pela dinâmica do comportamento humano.

Tenho orgulho da carreira que trilhei e hoje sou uma pessoa realizada por ter sido capaz de “Ser Coach”.

O que há de especial nisso?

Você sabe que não somos a nossa profissão, não somos nosso cargo corporativo e dizer que sou coach significa muito para mim, pois representa uma forma de olhar o mundo, de dar significado para as pessoas e de fazer minhas escolhas na vida.

Eu sou apaixonada por gente e suas possibilidades, tantas e nem sempre conhecidas. Acredito no potencial que existe em cada um de nós!

Por isso, busco continuamente pelo meu próprio desenvolvimento, isso me ajuda a manter minha integridade (integração de todas as partes que somadas me revelam) estabelecendo conexões produtivas e poderosas com meus clientes.

“Ser Coach”, é uma missão de vida, pois foi dessa forma que escolhi oferecer a melhor parte de mim para a sociedade e, aqueles com quem trabalho me presenteiam confiando em mim para apoia-los na extração do seu máximo potencial e alcance do “pódio pessoal” ( resultados desejados com o máximo de felicidade).

Coaching é um ato genuíno de amor!

“Ser Coach” é ser capaz de doar-se e celebrar cada pódio que o outro conquistar!

Carlla Zanna – Coach por paixão

PARA QUE SERVE O COACHING, COMO ESCOLHER UM PROFISSIONAL CAPACITADO?

por Carlla Zanna – Coach Profissional e Diretora de Desenvolvimento da ICF-SP

Coaching é um processo que facilita o desempenho. É a arte de apoiar o desenvolvimento das pessoas ajudando-as a reconhecer e usar o máximo de seu potencial e, dessa forma, alcançar o que desejam na vida.

Trata-se de uma metodologia que vem ganhando cada vez mais espaço, seja no desempenho dos papéis profissionais ou pessoais.

Através do Coaching é possível alavancar carreira, transformar comportamentos e crenças limitantes, buscar alternativas para resolver questões, adquirir novos hábitos, resolver dilemas. Enfim é uma jornada de aprendizagem que leva o coachee (aquele que recebe coaching) alcançar seu “pódio pessoal” (ou seja, espaço de conquistas e felicidade).

Coaching não é terapia, não é aconselhamento, não é consultoria e nem mentoria.

Em geral, as maiores motivações de quem procura o Coaching são: resolver impasses sobre carreira, inseguranças sobre a forma de desempenhar o papel profissional, desenvolver competências específicas (comunicação, relacionamento interpessoal, tomada de decisão, resolução de conflitos, etc.), preparar-se para um novo desafio na carreira ou vida, aprender a fazer escolhas.

Passar pelo Coaching sempre deve ser uma escolha pessoal. Mesmo quando a empresa sugere que um de seus colaboradores faça Coaching, será fundamental para o sucesso do trabalho que o coachee esteja disposto e convencido de que o processo lhe trará ganhos. É impossível trabalhar com alguém que esteja ali por “obrigação”, pois o Coaching exige alto nível de comprometimento e autonomia do coachee. Ele aprenderá cada vez mais sobre si mesmo e sobre suas possibilidades para alcançar aquilo que deseja.

COMO ESCOLHER O COACH

Coaching é uma atividade que mexe profundamente com o indivíduo, por isso torna-se imprescindível conhecer qual é a formação do profissional que está oferendo seus serviços, seu nível de experiência e expertise e suas credenciais.

Para ser um bom coach é necessário pratica, muita prática!!!

Ao contratar um coach profissional busque referencias e dê preferencia aos profissionais credenciados.

Consulte o International Coaching Federation – ICF,  maior federação de coaches profissionais do mundo, e verifique se o profissional que você pretende contratar é um membro. www.icf-sp.org

Para mais informações entre em contato conosco – tel. (11) 2609-4947 ou (11) 99179-2696, ou pelo e-mail carlazanna@transformacaoconsultoria.com.br

Coach Profissional

Diretora de Desenvolvimento da ICF-SP

Liderança e o papel dos Líderes

Esse pequeno texto extraído do Livro On dialogue serve para fazer uma boa reflexão sobre o que de fato é Liderança e o papel dos Líderes
“De tempos em tempos, a tribo reunia-se em círculo. Simplesmente conversavam e conversavam, aparentemente sem propósito algum. Não tomavam decisões. Não havia um líder formal. Todos podiam participar, todos respeitavam a participação dos outros. Podia haver homens sábios ou mulheres sábias, os quais eram consultados a cada vez e a quem se escutava mais – os anciãos – mas todos podiam falar. A reunião continuava, até que finalmente todos faziam um silêncio para refletir e, se não houvesse mais opiniões, perguntas e idéias adicionais, o grupo se dispersava. Depois daquilo, todos sabiam o que fazer, porque havia um entendimento coletivo sobre quais os problemas, suas causas, possíveis conseqüências, desdobramentos e soluções alternativas. Só então eram reunidos grupos menores e só então as pessoas faziam alguma coisa ou resolviam os problemas, mas jamais sem entender. Em algumas tribos, quando os problemas eram complexos, eram várias dessas sessões e era preciso pensar nas conseqüências do que ir-se-ia fazer até três gerações depois daquela representada pelas atuais crianças da tribo. Isso significava, muitas vezes, que os anciãos e anciãs tinham de pensar nas conseqüências de seus atos até seis ou sete gerações depois da sua.”
On dialogue, David Bohm

Deixe seu comentário, sua reflexão, seu insight!!

Obrigada!

Tempo e Estresse

Em geral, as pessoas acabam sentindo de maneira significativa a pressão interna e externa vinda de tempos difíceis como, por exemplo, a crise econômica e politica que estamos atravessando. Isso, muitas vezes, faz com que o estresse aumente e cada um, a seu modo, tenta driblar a situação. Muitas vezes, um dos “sintomas” disso é a falta de energia, a paralisação, a procrastinação, a inércia. A notícia ruim é que a possibilidade de entrarmos num circulo vicioso improdutivo é muito grande, pois sem energia não queremos fazer as coisas do dia-a-dia, mas depois ficamos nos cobrando ainda mais por não termos feito o que era necessário ou útil e com isso o estresse cresce ainda mais e o tal ciclo vicioso se fixa e perpetua. Conclusão, aumento de estresse e perda de tempo.

Me diga, como anda seu nível de estresse nos últimos tempos?

Você sabia que qualquer mudança na “lógica local”, ou seja, qualquer evento que gere uma importante mudança do status quo gera estresse? Não são apenas as más notícias ou fatos desagradáveis que provocam isso, vou mencionar exemplos do que pode ser considerado “mudança na lógica local”: nascimento de um filho, perda de um ente querido, falta de dinheiro, elevação repentina do padrão aquisitivo, casamento, divórcio, mudança de casa, cidade, estado, pais, mudança de emprego, promoção, demissão, doença, premiação, etc., etc..

Pare, pense e avalie como você está sentindo que seu nível de estresse.  Está alto? Então já passou do momento de fazer algo para restabelecer seu equilíbrio, caso contrário terá dificuldade para lidar com seu tempo. O assunto é profundo!

Seguem algumas questões para te ajudar a refletir sobre como tem lidado com o estresse e o tempo.

  • Como você tem usado seu tempo livre? “você não tem tempo livre?????!!!!!”
  • O que você faz para restabelecer sua energia vital?
  • Como você lida com mudanças repentinas?

Você sabia que, já em 1908 ,os psicólogos Robert M. Yerkes e John Dodson D. – descobriram que a performance é afetada pelo ambiente? Que tipo de ambiente você tem criado ou aceito permanecer?

Como você pretende agir para transformar ciclos viciosos em virtuosos…

Você já pensou em:

  • Estabelecer uma agenda com claros limites?
  • Encontrar e colocar em ação hobbies (atividades que gerem muita satisfaçao)?
  • Definir metas claras para que suas demandas não se tornem SEMPRE urgências?

Se você quiser aprofundar o tema e descobrir como adquirir novos e saudáveis hábitos,  nós podemos ajudar. Nosso trabalho sobre Gestão do tempo quer te ajudar a garantir sua produtividade humana.  Saiba mais em www.transformacaoconsultoria.com.br

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O Passado da Profissão do Futuro

por Carlla Zanna – Senior Coach

Considerada a nova tendência em gestão de pessoas e desenvolvimento humano, a prática do “Coaching” vem sendo ampliada nos últimos anos. Existem várias abordagens, escolas e atuações. Mas como foi que ele surgiu?

Para responder a essa pergunta gostaria de convidá-lo a fazer uma viagem muito divertida pelos caminhos que nos trouxeram até aqui.

Começaremos nossa turnê muitos séculos atrás, precisamente, no século IV e V a.C. na Grécia Antiga. Nosso primeiro encontro será com os importantes filósofos Sócrates, Platão e Aristóteles, que embora não utilizassem a expressão “Coaching”, faziam uso da maiêutica para apoiar seus discípulos no processo do florescer intelectual, ou seja, aprender a aprenderem.

E o que é maiêutica? Como isso se conecta com o Coaching?

A maiêutica socrática, instrumentação argumentativa do filósofo de elenkhos, significa o ‘dar à luz intelectual’, ou seja, buscar a sua verdade dentro de si mesmo. Sócrates fazia isso levando seus interlocutores a questionar e duvidar de seu próprio conhecimento, além de fazer com que eles concebessem, de si mesmos, uma nova ideia ou opinião sobre o tema, a partir de questões simples que os ajudavam a ‘fazer nascer’ ideias complexas. “A maiêutica baseia-se na ideia de que o conhecimento é latente na mente de todo ser humano, podendo ser encontrado pelas respostas a perguntas propostas de forma perspicaz.” Durante essa busca, inevitavelmente, as pessoas passam pela autoreflexão – nosce te ipsum (“conhece-te a ti mesmo”), procurando verdades universias como: bem-estar, plenitude e virtude. Portanto, Sócrates e Platão com enorme capacidade para dissecar fatos e situações através do recursos acima mencionado e Aristóteles que orientou Alexandre O Grande na busca de novas formas de enxergar a vida, apoiando-o a estabecer mudanças de comportamento para alcançar suas vitórias e conquistas, já praticavam “Coaching”. Por isso, mesmo que a expressão não fosse empregada como a conhecemos hoje, esses mestres da filosofia já se utilizavam do processo de estimulo a descoberta pessoal através de perguntas poderosas capazes de ampliar a consciencia e levar individuos a uma conexão com o seu melhor, podendo, desta forma, ter novas percepções de si e da realidade.

Séculos e séculos se passaram até que adentramos o século XV d.C., onde surgiu, pela primeira vez a palavra coach. A origem deste termo vem do hungaro Kocsi. Kocs é uma cidade na Hungria onde as carruagens, veículos para transporte de pessoas, começaram a ser produzidas com muito primor. Para designar tal transporte utilizou-se a palavra coach ou em português coches. Os condutores dos coches (sinônimo de carruagem) eram denominados cocheiros e tinham como missão conduzir seus passageiros ao destino desejado. Assim, podemos imaginar “Coaching” como sendo o processo de condução entre o ponto ‘A’ e um determinado destino ‘B’, sempre definido por quem tomava a carruagem. Neste sentido, também nos conectamos com a prática atual do “Coaching”, onde se deve conduzir um processo de desenvolvimento com objetivos claramente definidos e determinados pelo coachee (aquele que recebe coach).

Viajando um pouco mais chegamos ao século XIX, mais precisamente no ano de 1850, onde o mesmo termo – coach – passa a ser atribuído aos professores e mestres de universidades, em especial quando se tratava de um tutor com responsabilidade por auxiliar o estudante na preparação de testes e exames.

E como foi que chegamos até aqui, saindo das carruagens para os mestres?

Existem duas versões britânicas para isso. A primeira metáfora diz que o coach era o tutor que guiava as crianças pelos campos do conhecimento, em analogia às carruagens que carregavam familiais pelos campos da Inglaterra. A segunda é que as famílias muito ricas, em longas viagens, levavam servos que liam lições em voz alta para as crianças no interior das carruagens e então se dizia que os pequenos tinham sido coached – instruídos dentro da carruagem. Essa segunda versão é mais aceita pela maioria dos estudiosos.

Seja como for, coach possui uma origem de servir ao outro e isso revela, sobremaneira, a essência desta nobre atividade.

Andamos, andamos, andamos, de carruagem, e enfim chegamos ao século XX!

Aqui, já podemos admirar a ciência se intercambiando, pois “Coaching” é o resultado de uma síntese de vários campos do conhecimento, como andragogia, gestão de mudanças, potencial humano, psicologia, teorias comportamentais, pensamento sistêmico, neurociência, biologia, linguística, entre outros. Cada um desses campos possui modelos teóricos e abordagens próprias de “coaching”, formando assim um rico painel de possibilidades e formas de aplicação.

Continuando nossa aventura, chegamos aos anos dourados, 1950, e a expressão coach é usada pela primeira vez como uma habilidade de gerenciamento de pessoas, atualmente conhecida como líder-coach (diferente do coach profissional, mas esta é uma outra aventura para percorrermos um dia). Neste momento da história, se identifica o valor do desenvolvimento de pessoas e a valorização das competências do individuo nas organizações.

Começa uma nova fase para o “Coahing”. Passamos a ouvir a expressão coach, para denominar os treinadores de atletas das universidades americanas, em especial para os esportes coletivos. Pouco depois, cada atleta ou equipe passou a ter um coach para auxiliar na busca da excelência a partir da potencialidade do ou dos indivíduos. Aqui a Europa já se faz presente fazendo o mesmo uso do termo.

Chegamos então ao ano de 1960, começa uma década revolucionária no que tange aos costumes, músicas, artes plásticas e política. O mundo ocidental é sacudido por movimentos de contestação política e cultural, como os movimentos das mulheres, dos negros, dos “gays”, das chamadas “minorias”, de estudantes e de trabalhadores, como o maio de 68 na Europa e o movimento por mais verbas e mais vagas dos estudantes brasileiros. É um momento onde o status quo está sendo questionado e as pessoas clamam por maior valorização do SER HUMANO. Em meio a este turbilhão, em Nova Iorque, em um programa educacional, foi colocado pela primeira vez conceitos e habilidades de Coaching de Vida – o Life Coaching. Posteriormente este programa foi introduzido no Canadá, onde foi aperfeiçoado com a introdução de técnicas e ferramentas para a resolução de conflitos e problemas.

Nos anos 1970, o norte-americano Timothy (Tim) Gallwey, considerado o precursor e fundador do conceito de “Coaching” como é conhecido nos dias de hoje, foi pioneiro no movimento da psicologia aplicada ao esporte e ao mundo corporativo. Na época, seu método foi considerado revolucionário, pois levou vários atletas a se destacarem. Um dos grandes favorecidos do método de Tim Gallwey – THE INNER GAME – foi o ex tenista Pete Sampras. A diferença do seu método está em trabalhar os aspectos comportamentais do atleta, em especial as variáveis que tem maior impacto para a conquista do objetivo desejado, estimulando a capacidade do atleta aprender se divertindo. Ele não fica preso aos aspectos técnicos do jogo ou do jogador, respeita o modus operandi de cada individuo acreditando que todo conhecimento já está com a pessoa, o coach apenas ajuda o individuo a revelar tudo o que está latente. “Coaching é uma relação de parceria que revela, liberta o potencial das pessoas de forma a maximizar o desempenho delas. É ajudá-las a aprender ao invés de ensinar algo a elas…” (Timothy Gallwey).

Depois dele, temos sucessores incríveis como Sir John Whitmore, campeão de corridas de automóvel e responsável pelos modernos conceitos de Coaching para Performance e Coaching Transpessoal; David Hemery, medalhista olímpico de salto com obstáculos e David Witaker, coach da equipe Olímpica de Hockey.

Neste momento o “Coaching” começa a ganhar força dentro dos meios empresariais, e sua utilidade se mostrará mais significativa na década de 80.

Anos 1980, o mundo está mudado, dizem alguns, ainda temos muito a fazer, dizem outros, o importante é que houve muita mobilização de massa nessa década e isso mexeu sensivelmente com a crença das pessoas sobre si mesmas e seus valores. Além disso, neste mesmo período aconteceu a grande expansão do Vale do Silício e o “Coaching” entra no mundo organizacional como um processo de apoio a realização de metas e performance, vindo a se consolidar como profissão no mundo dos negócios. Programas de liderança passam a incluir o conceito de “Coaching Executivo” e a partir deste momento, o “Coaching” surge como uma poderosa ferramenta de desenvolvimento humano pessoal e profissional.

Ainda neste mesmo período, em 1980, nasce, pelas mãos da mestre Marilyn Atkinson, a Erickson Internacional College, escola que se propõem a desbravar caminhos para consolidar a formação de profissionais em “Coaching”. Eles definem como missão, a integração das vastas investigações realizadas por sua fundadora com as demandas globais, oferecendo para toda comunidade de coaches ao redor do mundo, um programa de capacitação que se tornou referencia no mercado.

Chegando aos anos 90 e a globalização está pulsando. Neste momento, é fácil perceber que o “Coaching” já está disseminado e que muitos passam a se interessar por esta nova atividade, principalmente no Brasil, onde ele ainda era muito pouco divulgado. O “Coaching” passa a ser reconhecido como a forma mais eficaz para promover mobilidade humana.

O “coaching” ganha novo status, quando é reconhecido como um processo profundo, onde os indivíduos podem resgatar o seu máximo potencial, eliminando as interferências internas e externas, com objetivos claros de se alcançar ‘pódios pessoais’ compostos de performance e diversão.

Enfim, chagamos ao século XXI e é crescente o numero de coaches no mercado, assim como o numero de escolas de formação, por isso a necessidade de se ter um a instituição que possa balizar a aplicação e conduta desta nova ‘profissão’ (ainda não reconhecida oficialmente como tal, no Brasil). Para tanto, desde 1995, contamos com o International Coaching Federation – ICF, que é a principal organização mundial dedicada ao avanço da profissão de “coaching”, estabelecendo padrões elevados de educação e modelo ético.

Cada vez mais, indivíduos e organizações, reconhecem o valor de um Processo de Coaching.

Nos últimos anos, o “Coaching” vem ganhando credibilidade e conquistado respeito e reconhecimento com diferentes focos: Vida, Bem-estar, Saúde, Executivo, Profissional, Carreira, entre outros. Esse sucesso está associado ao fato de oferecer benefícios reais às pessoas e despertá-las para, muitas vezes, o resgate de uma percepção de consistência em sua autoestima, uma sensação de eu posso, eu consigo, eu sou responsável pelas minhas escolhas e pela minha vida. Esse “empoderamento”, do inglês empowerment, agrada muito a todos e, consequentemente eleva os índices de entregas com alto padrão de qualidade.

Porque o “coaching” é a profissão do futuro?

Simplesmente porque as pessoas estão cada vez mais ávidas e estimuladas a se tornarem melhores para si mesmas.

Vale à pena alguns dados estatísticos, pois nos EUA, das 22 milhões de pequenas empresas, 22% delas utilizam algum tipo de Coaching e a projeção garante um aumento de 50% nos próximos anos (Infinita Research). Um estudo publicado no Public Personnel Management Journal, conclui que profissionais que participaram de treinamentos gerenciais aumentaram em 22,4% sua produtividade. E aqueles que tiveram Coaching, após esse mesmo treinamento, aumentaram sua produtividade em 88%. Segundo a Revista Fortune, mais de 40.000 Executivos possuem Coaches nos Estados Unidos.

Enfim, basta fazer uma análise da população brasileira e saber que o campo é vasto e ainda há muito o que ser feito.

Espero que você tenha se divertido muito durante esta leitura e se interessado e seguir com seu processo de aprendizagem contínua, pois só quem é capaz de desaprender para seguir aprender aprendendo será um coach eficaz.

Para você que deseja ser coach, procure uma boa formação, comprometa-se e seja bem-vindo.

Carlla D’ Zanna

Abril/2013

Quando a Arte favorece o Coaching (case)

Essa é a história de Kiki Orona* uma mulher profundamente simples que acreditava pouco quem si e no seu potencial e que, através do coaching e da sua arte, descobre que ela é muito maior do que poderia imaginar ou sentir, ela descobre que é a soma das várias facetas de mulheres extraordinariamente incríveis, existentes no imaginário humano (e no seu próprio).

Há pouco mais de seis meses recebi em meu escritório uma cliente com a seguinte questão: “quero produzir mais, ganhar mais dinheiro e seguir sendo uma pessoa simples e tranquila, não quero perder minha essência e meu prazer”.

Começamos a trabalhar e logo de cara ela me conta uma história que viveu que revela seu máximo potencial e sua descrença em si mesma. Ela dava poder demais aos outros e abafava o seu melhor. Foi no terceiro encontro que juntas descobrimos um caminho incrível para trilhar, tratava-se da “Série Mulheres”.

Quando perguntei a minha cliente o que ela tinha de melhor para colocar a disposição do coaching ela rapidamente disse que era a sua arte e que durante o processo pintaria sua primeira série de quadros que seria intitulado “As Mulheres”.

Embarquei com ela nesta jornada e trilhamos caminhos inesperados. Foi uma viagem incrível pelo mundo das descobertas pessoais, das possibilidades e conquistas. E assim como numa banda de jazz, Kiki Orona. me mostrou o que iria tocar antes mesmo das primeiras notas e a relação de confiança se estabeleceu de maneira forte e produtiva. Isso me permitiu desafiá-la quando necessário para distender seu potencial.

E chegou a primeira mulher, seu nome é Amélia. Ela é descrita como “…uma mulher de verdade, não é submissa e tem dois olhos grandes para sempre olhar no fundo dos seus olhos. Boca grande, fala tudo o que deseja, mas quando se cala o silêncio é enorme. Nua como vim ao mundo, forte e pura como o amor.” Logo após ver a imagem de Amélia e ler o seu descritivo pensei: “como é interessante essa mulher, mas quantas coisas ela carrega consigo que eu desconheço…” e com esse grande presente pude começar minha investigação genuinamente curiosa, como uma criança que deseja conhecer mais e mais o novo que lhe é apresentado.

A segunda mulher chama-se Jurema, ela é a “guerreira de sabedoria das matas, vive livre e confiante. Quando veio para este mundo JUREMA jurou em ser feliz para os seus antepassados. Têm um seriume ( seriedade ) no rosto e uma desconfiança nata, e é mais forte que um pé de bacuri ( espécie de palmeira da região do pantanal )”.

A terceira mulher apareceu azul, de nome Celeste. “Muito segura de si é bem espiritualizada e conversa com os anjos. Quando Celeste nasceu sua mãe pensou em colocar o nome de Serena, pois sua mãe logo percebeu que sua filha veio ao mundo super serena. Celeste é azul porque veio do mundo celestial, ela é de uma alma celestial que levita sobre nossas cabeças, tem visão de águia. É segura de si porque acredita na pessoa que é, o céu está a seus pés. Vim de um mundo azul e tudo pode ficar azul nesta imensidão.

E foi aqui que realmente as coisas começaram a ficar “azul”. Esse foi o memento da virada de chave, onde Kiki Orona passou a confiar em si mesma de forma diferente e passou a conquistar o espaço desejado na vida.

A quarta mulher é a Severina. Ela extrapola seus limites!!! Descrita como “uma mulher simples com muitas palavras e um grande coração. De uma alma pura Severina sempre se virando no mundo, para ela não tem tempo ruim. Severina se vira tão bem que foi até para a China ver as muralhas”.

As barreiras existem e é necessário enxerga-las se quisermos transpô-las.

A quinta mulher é Geni. “Esta Geni é bem diferente daquela música do Chico Buarque, ela é bem integra das suas atitudes, tá sempre sorrindo e feliz, não me lembro de ver ela muito triste.
Mas sempre admirei como ela é singela. O poema desta minha Geni é:

Joga pétalas na Geni!


Ela é feita para amar, 
ela é boa de curtir!

Felizarda GENI!


Ela ama qualquer um!
Bendita GENI!”.

Com o passar do tempo minha curiosidade não diminuía, ao contrário e isso possibilitou a Kiki Orona. fazer as descobertas mais incríveis sobre si mesma, pois ao contar sobre suas mulheres falava de si e fazia conexões poderosas para sua aprendizagem e transformação. Sua dinâmica de vida, aos poucos foi mudando, assim como o retrato de suas mulheres.

A sexta mulher chegou muito diferente, inclusive em sua descrição.

TEREZA DA PRAIA – Tereza começou a surgir neste mundo como a DEUSA VÊNUS, veio lindamente pelas correntes marítimas do mar mediterrâneo, Grécia antiga e parou no nosso nordeste. Assim chegou Tereza da praia sua alma foi feita com as espumas das ondas e o seu corpo foi esculpido com as areias da Bahia. Tereza da praia é uma mulher sedutora, amável, linda em todos os sentidos, fiel nas suas escolhas mais as vezes balança na integridade consigo mesma. No meu olhar ela é tão generosa, inteligente, ,cúmplice do nosso amor e de uma beleza estonteante que eu até esqueço que ela é minha musa inspiradora não só para as telas mas para várias coisas. Tereza chegou na minha vida desta forma arrebatou meu coração e me hipnotizou de amor, cuidados, admiração, companheirismo, orgulho, e tantos outros sentimentos que vai ficar pequeno para esta folha de papel”.

A sétima mulher veio Josefa. “Linda e rara como uma pérola negra e forte como uma árvore de aroeira. Josefa filha de africanos que vieram parar em Salvador, ela brincava na Lagoa do Abaeté. Josefa feliz de sorriso frouxo e brilho nos olhos, olhos negros como a noite mais no fundo destes olhos existe uma galáxia de estrelas brilhantes. A vida de Josefa foi cheia de aprendizados da alma e o crescimento do espírito e a alegria de SER e NÃO de estar. Porque o que vale para ela é SER.”

Estamos chegando ao final da nossas jornada e Josefa vem para nos mostrar que trilhamos bons caminhos.

A oitava e ultima mulher da série é a Maria de A a Z. Ela representa a soma e o resgate do melhor de todas as mulheres anteriores, só que agora ela se coloca no lugar de vida que sempre desejou. É possível se identificar com ela porque Maria representa a integridade, a sensibilidade, a maior conquista de todas, a conquista de si mesma.

Q.O. descreve Maria como sendo a “mãe  de todos acolhedora  de  uma  paz  íntegra. Eu  sou Maria  da Graça, meu  nome  é  perfeito para mim,  vejo graça  em  tudo,  a graça  não  está  só  em   um sorriso   mais sim na transformações  das  situações  da vida. Quando  digo que  é  Maria  de A a Z digo porque  é  um  nome  que têm  todo  o abecedário  e este  é  um dos  motivo  para eu me sentir completa e plena. MARIA , MARIA é  um dom  é  uma  força  que  nos  alerta.”.

Ela chegou no seu pódio pessoal, ela subiu e comemorou sua jornada com orgulho e humildade, com sabedoria, suavidade e força.

E assim o coaching aconteceu, éramos Kiki Orona., eu e as oito mulheres que nos conduziram por trilhas de descobertas, ansiedades, alegrias, medos e florescimento.

Eu aprendi muito sobre mim mesma durante essa jornada. Coaching é troca, coaching é uma relação entre iguais, onde ambos ganham. Percebi que “As Mulheres” não estavam ali para serem analisadas ou julgadas, elas estavam ali apenas para serem contempladas e sentidas.

Sendo assim, afirmo que essa experiência deixa claro que o fio condutor do processo de transformação humana é o respeito ao outro, o respeito ao desejo do outro. O outro que você considera porque sem ele não é possível fazer nada, ele é o único e maior dono de si mesmo e do seu caminhar.

Hoje afirmo que “o estado da arte é ser capaz de entender a coisa como ela é e deixar fluir acreditando (tendo fé) nas máximas possibilidades das pessoas e digo, o amor pode assim ser traduzido.

Obras em ordem cronológica:

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* Kiki Orona é o nome da grande figurinista e artista plástica que me deu a honra de ser minha coachee. A publicação do seu nome artístico foi um pedido que ela mesma me fez.

Por Carlla D’ Zanna                                                                                                                                                                           Outubro/2014

TEMPO É VIDA. Não Desperdice a Vida!

Publicado originalmente em 29 jun 2013

Quem já não teve a sensação de que, por mais corrido que tenha sido o dia de trabalho, deixou de cumprir uma ou outra tarefa por absoluta falta de tempo? Quantas vezes nos queixamos de não termos tido tempo para conviver mais com os familiares e os amigos? Sem contar aquela velha falta de tempo para ginástica, leitura, ida ao cinema e várias outras atividades sempre colocadas em segundo plano.

A boa notícia é que é possível reverter essa loucura. O primeiro passo é conscientizar-se de que o tempo já está definido e que não temos como interferir sobre isso. Por outro lado, cada um é livre para manejar sua própria vida, mudando hábitos, por exemplo.

É possível tornar o trabalho mais produtivo, utilizando estratégias desde as mais simples como: diminuir pequenos vícius (cafezinhos, papos de corredor, preciosismos), adquirir novos hábitos (registrar compromissos em uma agenda, concentrar reuniões mais curtas para uma mesma tarde) e até mesmo reduzir ou eliminar atitudes que são válvula de escape para problemas reais e que consomem tempo excessivo (internet, celular, compras, reuniões intermináveis). O ideal, porém, é termos uma visão mais ampliada da gestão do tempo. Precisamos ter mais poder sobre o tempo e sobre a nossa própria vida. Afinal, o dia tem 24 horas para todos e isso não vai mudar. A combinação de plena consciência e plena determinação reflete-se no poder pessoal e através dele é possível realizar quantas mudanças forem necessárias para uma VIDA PLENA.

Para obter este poder sobre a própria vida, existem seis dicas que, se seguidas, podem garantir uma melhor gestão do tempo. A primeira diz respeito ao autoconhecimento. As pessoas precisam se conhecer melhor. Um exercício é perguntar a si mesmo o que faria se pudesse mudar algo em sua vida para aumentar significativamente sua felicidade. A segunda questão enfatiza a identificação de prioridades. A dica aqui é estabelecer metas relevantes ao invés de uma longa e inatingível lista. Traçados os objetivos, estabeleça prazos para cumpri-los. Depois de definir metas com clareza, o objetivo é dar foco. Às vezes, é necessário fazer uma coisa de cada vez. Outro ponto importante é identificar com clareza os desperdiçadores de tempo e livrar-se deles. Para ganhar tempo é fundamental também saber dizer “não”, mas com assertividade. A última dica diz respeito à determinação. É necessário manter-se determinado para conseguir gerenciar melhor o tempo. Não há como prever todos os contratempos ou fatos inesperados. Entretanto, é mais fácil lidar com essas variáveis quando se controla o que já estava programado.

Hoje, paradigmas geram, por parte dos executivos, um desperdício do precioso tempo. Alguns deles: “não ter tempo é chique”, “ser estressado é chique”, “tempo é dinheiro, e dinheiro é sucesso, e sucesso é felicidade (exatamente nesta seqüência)”, “fazer muitas coisas ao mesmo tempo é sinal de inteligência e sucesso (e não de falta de foco)”, “para ter sucesso é necessário estar absolutamente informado sobre tudo o tempo todo”. Esses paradigmas precisam ser desconstruídos e reinterpretados. Precisamos gastar as nossas energias conscientemente, de acordo com nossas escolhas, objetivos, forças e competências. Esse é um dos caminhos para o bom gerenciamento do tempo e também da vida. Afinal, mais que dinheiro, tempo é vida!

*Carla Zanna é consultora Especialista em Psicologia Organizacional e em Desenvolvimento Humano.

Diferenças entre Caoching, Mentoring, Counseling, Consultoria e Psicoterapia

Publicado Originalmente em  01 ago 2013

Muita confusão ainda tem sido feita!!

Leigos ou profissionais da área, ainda colocam, várias dessas modalidades de assessoria ao desenvolvimento pessoal ou corporativo, no mesmo cesto.

O principal objetivo com esse pequeno artigo é, de forma clara e objetiva, esclarecer o que é e o que não é cada um desses serviços, qual é a responsabilidade dos profissionais, além de indicar qual deles é mais apropriado a qual tipo de questão.

Meu desejo é o de clarificar conceitos e aplicabilidade dos processos de Coaching, Mentoring, Couseling, Consultoria e Psicoterapia (os quais serão expostos não nesta ordem).

Consultoria (do latim consultare – dar ou receber conselhos) é o fornecimento de determinada prestação de serviço qualificado, oferecido por um profissional especializado e conhecedor do tema. Não há uma formação única para ser consultor, existem engenheiros, administradores, psicólogos, educadores físicos, sociólogos, contadores, economistas, entre outros. Trata-se de um serviço de apoio a indivíduos (pessoa física ou jurídica) que, através de um olhar isento, possa analisar fluxos e processos, diagnosticar dificuldades, auxiliar na tomada de decisões estratégicas, indicar, viabilizar e, às vezes, implantar soluções que possam provocar grande impacto sobre os resultados desejados. O foco do trabalho de consultoria é a definição de alternativas de ação que possam garantir a sustentabilidade do negócio em todos os seus aspectos (produtos, serviços, pessoas, rentabilidade, inovação, cultura organizacional, forma de gestão, expansão de mercado, etc.) ou o bem estar das pessoas. Em geral, existem dois tipos de consultoria interna e externa. A interna só acontece para as organizações e é feita por um consultor que é funcionário da empresa, conhece a estrutura organizacional e está inserido na cultura corporativa. Já a consultoria externa é realizada por um profissional autônomo ou por uma empresa que reúne consultores de várias especialidades. Frequentemente, é um trabalho de meses ou anos e é um rico recurso para empresas ou pessoas que precisão de ajuda para se organizar ou tomar decisões (no campo pessoal, por exemplo, existem indivíduos que tem problemas financeiros e podem procurar um consultor para ajudá-los).

Couseling é uma palavra de origem Inglesa que em Português significa aconselhamento e em Espanhol significa asesoramiento. O aconselhamento pode ser definido como um processo de “(…) escuta ativa, individualizado e centrado no cliente. Pressupõe a capacidade de estabelecer uma relação de confiança entre os interlocutores, visando o resgate dos recursos internos da pessoa atendida para que ela mesma tenha possibilidade de reconhecer-se como sujeito de sua própria saúde e transformação” (MS, 1997a:11). É um processo de orientação e resolução de problemas, rápido e pontual.

O surgimento oficial da expressão Counseling remonta aos anos cinqüenta, quando, nos Estados Unidos, passou-se a desenvolver essa atividade diretamente relacionada aos serviços de aconselhamento para atividades dos serviços sociais ou voluntariado. Com o psicólogo norte-americano, Carl Rogers, foi que o processo de couseling adquiriu suas atuais caracteristicas de “colóquio centrado sobre o cliente”, onde a atenção do couselor – profissional que realiza o serviço – está completamente focada na pessoa, ao invés de ser sobre o problema.  Importante: O Counselor não é um psicólogo por obrigatoriedade, mas deve ter um conhecimento muito bom da personalidade e idiossincrasias humanas.Trata-se de um processo de interação entre duas pessoas, counselor e cliente, cujo objetivo é ajudar o cliente a superar problemas de personalidade que dificultam sua livre, plena e criativa expressão de si mesmo, a partir da criação de condições favoráveis a utilização de habilidades pessoais já existentes. O trabalho se propõem a resolver conflitos individuais, angustias existenciais ou emocionais, mas também tem sido utilizado para favorecer diálogos entre as estruturas organizacionais e seus indivíduos. Recomenda-se esse trabalho para qualquer pessoa que tenha necessidade de ser aconselhada sobre um tema específico, por exemplo: sexo, carreira, finanças, entre outros..

Mentoring uma palavra de origem mitológica que hoje vem, cada vez mais, sendo usada no mundo dos negócios. Mas vamos começar com a origem. Mentoring vem de MENTOR, nome do personagem da Odisseia (VII a.C.), amigo de Ulisses, que orientava seu filho, Telêmaco. Mentor significa orientador, aquele que guia com uma determinada intenção ou propósito. De acordo com os dicionários de francês e inglês, mentor é sinônimo de ‘conselheiro sábio’, ‘protetor’ e ‘financiador’. O mentor deve oferecer suporte, orientação, inspiração e coragem para que seu aprendiz siga em direção a seus objetivos. Portanto, trata-se de um trabalho onde o indivíduo é visto como “aprendiz real” e está ali para absorver o máximo do seu ‘mestre’, ampliando sua percepção de si mesmo e descobrindo novas oportunidades de ação. Nos anos 1990 a expressão mentoring começa a fazer parte do vocabulário dos negócios e passa a ser uma atividade, em geral, desempenhada por um executivo bastante sênior, que adquiriu habilidades de liderança e reconhecimento profissional. Este, ‘adota’ um jovem identificado com potencial acima da média para orientá-lo, ensiná-lo sobre uma especialidade, dar conselhos e proteger em sua trajetória. Em resumo, trata-se de um trabalho de orientação proveniente da experiência de um profissional sênior no desenvolvimento da carreira de um profissional iniciante.

De acordo com o especialista Jair Moggi, autor do livro “Assuma a direção da sua carreira”, o mentoring pode ser definido como uma atividade próxima à do professor, ou seja, uma relação de mestre e aprendiz, onde o mestre é aquele que é reconhecido por suas habilidades, conhecimentos e atitudes coerentes e diferenciadas , e o aprendiz é aquele que se deixa ensinar com o objetivo de conquistar um novo patamar de excelência. È um processo onde as pessoas tem a oportunidade de crescer através da paixão de um especialista que consegue metamorfosear conhecimento e experiências em sabedoria e predisposição para compartilhar. Recomenda-se esse trabalho para pessoas que desejam absorver conhecimentos específicos para suas carreiras ou queiram definir o caminho para chegar lá (espelhando o mentor).

Psicoterapia (do grego psykhē – mente, e therapeuein – curar; primeira referência ca. 1890) é um processo dialético realizado entre um profissional especializado e devidamente formado – psicólogo – e seu cliente. Ou seja, é um processo que visa restabelecer a qualidade de vida do cliente, através de diálogos com foco na contraposição de ideias que buscam o equacionamento da problemática para o desenvolvimento de novos padrões de funcionamento intelectual, psíquico e comportamental. Frequentemente, é realizado através de encontros presenciais, no consultório do psicólogo com frequência semanal ou superior. Trata-se de um valioso recurso para quem precisa lidar com as dificuldades da própria existência. Geralmente, o processo psicoterapêutico se concentra na solução das dificuldades que surgem do passado e que interferem no funcionamento emocional do presente. Esse trabalho é amplamente recomendado para quem precisa tratar transtornos psicológicos (pânico, fobias, traumas, etc.), transtornos de personalidade e conflitos de vários gêneros (pessoais, conjugais, familiares, interpessoais, etc.); em resumo é indicado para pessoas que estão passando por crises que remetem a sofrimento psicoemocional.

Coaching é um processo criativo, gerador de reflexões que inspiram o cliente (coachee) a maximizar seu potencial pessoal e profissional. O processo de coching provoca movimento no presente, por meio de ações concretas, com o objetivo de causar mudanças no futuro. Esta interação entre coach (profissional que conduz o processo de desenvolvimento) e coachee se dá a partir de um tripé de sustentação muito importante: 1) o desejo de transformação, 2) a relação de confiança e 3) a ampliação da cosnciência.

Um pouco de história. Coach é uma palavra inglesa de origem húngara Kocsi. Kocs é uma cidade na Hungria que, no século XV começou a produzir carruagens e essas, por seu primor na execução passaram a ser chamadas de kocsi szeker e daí surgiu o termo coach como veículo para transporte de pessoas. Outro significado bastante usual para essa palavra é o de técnico ou treinador, mas como chegamos até aqui? Existem duas histórias de origem britânica sobre isso. A primeira diz que o coach era o tutor que, no século XVIII guiava as crianças pelos campos do conhecimento, em analogia às carruagens que carregavam familiais pelos campos da Inglaterra. A segunda é que as famílias muito ricas, em longas viagens, levavam servos que liam lições em voz alta para as crianças no interior das carruagens e então dizia-se que os pequenos tinham sido coached – instruídos dentro da carruagem. Seja como for, coach possui uma origem de servir ao outro e isso revela sobremaneira a essência do seu trabalho.

O coach – profissional com formação original diversa (psicologia, administração de empresas, pedagogia, letras, engenharia, medicina, etc.) e necessariamente formação específica em coaching – atua apoiando, incentivando o crescimento do seu coachee através da manutenção (ou resgate, quando necessário) da motivação, elaboração de um plano de ação e acompanhamento das ações efetivamente realizadas. O objetivo do processo de coaching sempre é manifestado e decidido pelo coachee. Portanto, é um trabalho onde se estabelece um acordo para atingir um objetivo específico (do coachee), e o coach o apoia através de reflexões investigativas, que levem a identificação de sua potencialidades que possam ser ampliadas. Em geral, quem procura o serviço de coaching são pessoas que buscam algum mecanismo para viabilizar o aprendizado diário, para dirimir duvidas e questionamentos sobre as próprias habilidades ou para dar mais sentido à própria vida.

Enfim, o coaching vai ajudar pessoas (em seus diferentes papéis na vida – aluno, professor, pai, filho, gerente, amigo, etc.) a usarem as habilidades que elas já têm, mas que estão não reconhecem ou estão adormecidas.

Espero ter contribuído para uma melhor compreensão desses serviços. Que você leitor, saiba identificar o melhor caminho para si ou para sua empresa.

Carlla D’ Zanna
Psicóloga Organizacional, Consultora de Cultura e Liderança e Senior Coach